Destaque no ciclismo europeu, Rafael Andriato é “repatriado” pela equipe

Memorial-Santos/Fupes e tem como foco vaga na Olimpíada Rio 2016.

Ciclista Rafael Andriato competindo na Europa – Foto: Arquivo Pessoal

Ciclista Rafael Andriato competindo na Europa – Foto: Arquivo Pessoal

Com o foco e grandes chances de garantir uma vaga no ciclismo de estrada na Olimpíada Rio 2016, o paulista Rafael Andriato está sendo “repatriado” pela tradicional equipe Memorial-Santos/Fupes, e promete ser um dos grandes nomes da próxima temporada. O atleta de 28 anos ficou os últimos oito anos competindo na Itália e foi, justamente na equipe santista a sua última participação brasileira, em 2006 e 2007.

“Vou me dedicar muito para conquistar esta sonhada vaga olímpica. Fiquei bem perto da convocação nas duas últimas olimpíadas e acredito que com o trabalho que a Memorial faz, a chance é muito boa. Espero conquistar muitas vitórias e passar um pouco da experiência que conquistei para os ciclistas mais jovens”, afirma Rafael, enaltecendo a equipe que voltará a defender. “A Memorial foi o meu trampolim para a Itália. Ainda tenho guardado na memória os grandes momentos que vivi nesta equipe e estou muito feliz em voltar”, complementa o atleta, que mora em Maringá/PR.

Ciclista Rafael Andriato competindo na Europa – Foto: Arquivo Pessoal

Ciclista Rafael Andriato competindo na Europa – Foto: Arquivo Pessoal

Rafael destaca que além do sonho olímpico, ele volta para o Brasil para se dedicar mais à carreira militar. “Foram vários motivos que me fizeram chegar a esta decisão. O pouco espaço nas equipes italianas, onde estava me tornando um gregário e não mais um sprinter e hoje sou terceiro sargento atleta da Força Aérea Brasileira. Fui o quinto colocado nos VI Jogos Mundiais Militares, na Coréia do Sul, e morando no Brasil, poderei atuar mais, e também pesou ter ficado bastante tempo longe da família e amigos”, comenta.

O diretor técnico da equipe, Cláudio Diegues, ressalta a importância do ciclista competindo novamente na Memorial e no Brasil. “Hoje, a Memorial é a equipe mais tradicional do País, em atividade há 16 anos contínuos, e ter o Rafael de volta, nos dará qualidade técnica e motivação aos mais jovens. Temos um grupo forte e essa relação será muito boa para ajudarmos a ter mais um atleta nos Jogos Olímpicos”, ressalta.

Diegues lembra que o trabalho para 2016 está sendo organizado para a Memorial ter, pelo menos, dois atletas no masculino e uma no feminino na Olimpíada e outros dois na Paralimpíada. Além de Rafael, os santistas podem ter Gideoni Monteiro, na pista, Ana Polegatch na estrada, além dos paraolímpicos Lauro Chaman e Soelito Gohr. “O Rafael vai brigar diretamente na estrada, temos o Gideoni na pista e ainda temos os dois da Paralimpíada”, ressalta o diretor técnico da equipe Memorial.

Ciclista Rafael Andriato Foto: Arquivo Pessoal

Ciclista Rafael Andriato Foto: Arquivo Pessoal

Mesmo oito anos depois, Rafael Andriato ainda tem na memória suas principais conquistas pela equipe santista. Ele destaca o título da emblemática 9 de Julho, duas etapas da Volta de SP. “Me tornei o campeão do ranking brasileiro elite com apenas 20 anos. Sem dúvida, a Memorial foi o meu salto para a Europa”, elogia o ciclista, que também tem importantes resultados na Itália.

Foram quatro anos na categoria “Dilletanti” e outros quatro como profissional. Primeiro na Trevigiani Dynamon, de 2008 a 2010, e Petroli Firenze, no ano seguinte. Depois, como profissional, na Farnese Vini Pro Cycling, em 2012, na Vini Fantini, em 2013, na Neri Yellow Fluo, em 2014, e na Southeat Pro, este ano. “Foram 12 vitórias como dilletanti e no profissional participei de várias provas do Pro Tour, como o Giro D’Itália, Milano San Remo, Giro di Lombardia, Volta da Polonia, entre outras”, recorda.

“Minhas maiores conquistas foram o título de metas volantes do Giro D’Itália 2013, algo inédito para o um ciclista brasileiro, campeão da Chateuroux Classic, na França e Grand Prix Jurmala, na Letônia, em 2012, e este ano vencedor do prólogo na Volta Sibiu, na Romênia”, acrescenta. “Agradeço muito a Deus por meu trabalho também ser o meu hobby. Correr de bike é um prazer e ainda tenho muitos objetivos a serem conquistados”, completa o ciclista, três vezes campeão do Prêmio Brasil Olímpico, do COB, e integrante da seleção brasileira em seis mundiais.

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