São Paulo (SP) – Luisa Stefani, número 47 do mundo, começou a nova temporada com vitória na madrugada desta sexta-feira (30) em Brisbane, na Austrália, na nova competição United Cup. A paulistana e o gaúcho Rafael Matos derrotaram Matteo Berrettini, 16º do mundo em simples, e Camila Rosatello por 6/4 6/7 (7/4) 10/4, dando o segundo ponto para o Brasil que acabou derrotado por 3 a 2 pela Itália no Grupo E da competição mista por equipes. O jogo foi o último do duelo.
“Nunca entramos nas duplas pensando que era um jogo morto. Entendo que nesse tipo de competição, cada partida é importante e a atitude importa muito também e, como mostramos que estamos lá para ganhar, não importa o ponto que fosse, se é o primeiro ou o ponto do empate ou se fosse a última partida do confronto, perdendo por 3-1. Acho que esse é o espírito brasileiro. Nós vamos lutar por cada ponto, game, set e partida. Estou muito feliz por conseguir essa vitória. Eu e o Rafa nos divertimos muito e, acredito, que toda a equipe também. Sempre queremos obter a vitória e fazer a coisa certa é o que vai nos mover para frente“, disse a atleta que é patrocinada pela Fila e Faros Invest, é embaixadora XP COB, e conta com os apoios da Liga Tênis 10 e Bolsa Atleta.
Homenagem a Pelé – Luisa entrou em quadra com sua viseira com o número 10 de um lado e a assinatura de Pelé do outro em homenagem ao Rei do futebol que nos deixou na tarde de quinta-feira. “Acho que não só nós, mas o Brasil e o mundo inteiro vão sentir falta dele. Ele teve uma grande personalidade e foi um grande embaixador do futebol, mas também do esporte em geral. Conseguiu unir as pessoas, o que acho que é o que estamos tentando fazer com este torneio”.
O Brasil volta a jogar na noite desta sexta (30), a partir das 21h, contra a Noruega, com Beatriz Haddad Maia e Felipe Meligeni em quadra em duelo que segue na noite de sábado (31) e entrará pela madrugada de Ano Novo. Luisa deve voltar a jogar mistas ao lado de Matos nas primeiras horas do dia 1º de janeiro. A equipe nacional precisa da vitória e ainda torcer para a Noruega bater a Itália para garantir a classificação.
O time do Brasil é formado também por Thiago Monteiro, Laura Pigossi, Carol Meligeni e Matheus Pucinelli e capitaneado por Rafael Paciaroni.
Fazendo história na carreira – Luisa Stefani, 25 anos, começou a jogar tênis aos 10 anos, na B.Sports, no bairro de Perdizes, em São Paulo (SP), onde nasceu. Disputou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis e foi à semifinal de duplas do US Open juvenil em 2015, quando chegou à 10ª posição do ranking mundial juvenil. Foi para os Estados Unidos para estudar e jogar tênis. No circuito universitário jogou pela Pepperdine University, na Califórnia. Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário americano, dedicou-se parcialmente ao circuito profissional da ITF. Optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018.
Ganhou destaque nas duplas no profissional e começou a colher resultados em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent. Em 2020, ganhou o WTA 125 de Newport Beach e comemorou o título do WTA de Lexington. Terminou o ano como 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Em 2021, foi à final no WTA 500 de Abu Dhabi, alcançando o top 30 – primeira tenista do Brasil desde 1976. E o vice-campeonato do WTA 1000 de Miami fez com que subisse para a 25ª posição – então a melhor de uma brasileira desde que o ranking WTA foi criado em 1975.
Nos Jogos de Tóquio, conquistou a inédita medalha de bronze olímpica para o Brasil ao lado de Laura Pigossi. Continuou subindo no ranking e chegou a ocupar o nono lugar no início de 2022. No retorno ao circuito, após a cirurgia no joelho, conquistou três títulos neste final de temporada 2022: WTA 250 de Chennai, na Índia, WTA 1000 de Guadalajara, no México, e WTA 125 de Montevidéu, no Uruguai, retornando ao Top 50 no ranking da WTA.