São Paulo (SP) – Luisa Stefani, número 47 do mundo, largou com o pé direito o ano de 2023 com vitória nas duplas mistas no encontro diante da Noruega pela United Cup. A paulistana e o gaúcho Rafael Matos derrotaram Ulrikke Eikeri e Viktor Durasovic por 6/4 7/5, na madrugada deste domingo (1), e deram o quarto ponto na vitória do Brasil por 4 a 1 contra o time nórdico pelo Grupo E da competição mista por equipes, jogado em Brisbane, na Austrália.
“Temos uma grande comunicação em quadra, me divirto jogando com ele. Quanto mais jogamos, mais conhecemos nossas forças e nossos defeitos e administramos isso melhor. Começamos jogando juntos dois dias atrás, hoje foi melhor, o time no banco nos ajuda muito dando detalhes no que precisamos melhorar. Incrível começar o novo ano com essa vitória, hoje me sinto especial e nos mantendo vivos no grupo, lutando até o final. Ainda temos uma chance (de classificação), vamos esperar pelo melhor” disse a atleta que é patrocinada pela Fila e Faros Invest, é embaixadora XP COB, e conta com os apoios da Liga Tênis 10 e Bolsa Atleta.
O Brasil aguarda o duelo entre Noruega x Itália que acontecerá nos próximos dois dias. O time nacional precisa de uma vitória da Noruega para conseguir a vaga. Se isso ocorrer, enfrentará o vencedor de Polônia x Suíça por vaga na semifinal.
O time do Brasil é formado também por Bia Maia, Thiago Monteiro, Laura Pigossi, Carol Meligeni e Matheus Pucinelli e capitaneado por Rafael Paciaroni.
Fazendo história na carreira – Luisa Stefani, 25 anos, começou a jogar tênis aos 10 anos, na B.Sports, no bairro de Perdizes, em São Paulo (SP), onde nasceu. Disputou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis e foi à semifinal de duplas do US Open juvenil em 2015, quando chegou à 10ª posição do ranking mundial juvenil. Foi para os Estados Unidos para estudar e jogar tênis. No circuito universitário jogou pela Pepperdine University, na Califórnia. Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário americano, dedicou-se parcialmente ao circuito profissional da ITF. Optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018.
Ganhou destaque nas duplas no profissional e começou a colher resultados em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent. Em 2020, ganhou o WTA 125 de Newport Beach e comemorou o título do WTA de Lexington. Terminou o ano como 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Em 2021, foi à final no WTA 500 de Abu Dhabi, alcançando o top 30 – primeira tenista do Brasil desde 1976. E o vice-campeonato do WTA 1000 de Miami fez com que subisse para a 25ª posição – então a melhor de uma brasileira desde que o ranking WTA foi criado em 1975.
Nos Jogos de Tóquio, conquistou a inédita medalha de bronze olímpica para o Brasil ao lado de Laura Pigossi. Continuou subindo no ranking e chegou a ocupar o nono lugar no início de 2022. No retorno ao circuito, após a cirurgia no joelho, conquistou três títulos neste final de temporada 2022: WTA 250 de Chennai, na Índia, WTA 1000 de Guadalajara, no México, e WTA 125 de Montevidéu, no Uruguai, retornando ao Top 50 no ranking da WTA.