Lojas Americanas podem entrar em recuperação judicial devido ao rombo de R$ 20 bi

Foto: Divulgação

Uma das mais antigas empresas de varejo do Brasil, as Lojas Americanas, pode entrar em recuperação judicial, depois que o agora ex-CEO da empresa, Sérgio Rial, constatou um rombo de aproximadamente R$ 20 bilhões. Ele ficou apenas 10 dias no cargo de presidente da companhia.

Os bancos credores da empresa travam uma árdua batalha judicial para tentar conseguir receber o que os proprietários da empresa lhes devem.

A crise surgiu depois que o ex-CEO da empresa Sérgio Rial, que ficou apenas dez dias no cargo, pediu demissão após revelar o rombo contábil bilionário. Ele iniciou conversas com os principais credores das dívidas da empresa para tentar amenizar a crise, mas as negociações pouco avançaram.

Na última sexta-feira (13), as Americanas conseguiram uma proteção liminar contra os credores, porém a Justiça concedeu apenas 30 dias para a empresa decidir se pedirá ou não recuperação judicial. Ela poderá, no entanto, decidir pela falência.

No despacho, o juiz informou que as Lojas Americanas alegaram risco de seus credores pedirem o vencimento antecipado de R$ 40 bilhões em dívidas, o que levaria a empresa a falência. Para evitar a quebra da empresa, o juiz suspendeu temporariamente essa possibilidade.

Entre os principais credores da empresa Americanas estão o BTG Pactual, Bradesco e Santander Brasil, entre outros.

O impasse acontece porque os atuais donos da empresa não querem injetar, sozinhos, mais dinheiro nas Americanas, devido ao alto risco de prejuízo. Eles tentam conseguir parceiros que aceitem investir na frágil empresa.

Os credores alegam que a diretoria das Americanas teria manipulado fatos e dados, prejudicando não somente eles, mas, sobretudo, os acionistas.

Analistas econômicos ouvidos pela reportagem dão como certo de que a recuperação judicial da empresa será decretada a qualquer momento, sendo essa uma das opções mais lógica a ser seguida.

A recuperação judicial tem como finalidade proporcionar a direção da empresa, que ainda é viável, se recuperar e sair da crise.

Caso siga por esse caminho, os diretores das Americanas terão que formalizar o pedido à Justiça e elaborar um plano de recuperação que será submetido aos credores, que poderão concordar ou não com esse plano.

As dívidas contraídas pela empresa anteriores à recuperação judicial ficam sujeitas ao plano, assim como possíveis pedidos de indenização por parte de acionistas e funcionários.

Com informações das Agências Brasil e Estado

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