Luisa Stefani alcança, no WTA 500 de Abu Dhabi, sua 15ª final na carreira

Paulistana joga sua terceira final seguida, vence a 18ª partida consecutiva e busca o sétimo título na carreira

Zhang e Luisa fizeram mais um jogo regular (Mubalada Abu Dhabi Open)

São Paulo (SP) – Luisa Stefani, número 36 do mundo de duplas, classificou-se, neste sábado (11), para a decisão do WTA 500 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, evento no piso duro com premiação de US$ 780 mil. Luisa e a chinesa Shuai Zhang, 26ª colocada no ranking, derrotaram a dupla da japonesa Miyu Kato e da romena Monica Niculescu por 2 sets a 0 com parciais de 7/5 6/3, após 1h24min. Elas chegaram a ver as rivais sacarem em 5 a 4 para o primeiro set e viraram para fechar a série.

Mais um jogo duro, mais uma final, feliz com a vitória. Tivemos vários games saindo abaixo com 15/40, voltamos bem no saque no primeiro set, levamos para o ponto decisivo onde íamos muito bem. Abrimos 4 a 0 no segundo set, mas outra vez a bola nova, a quadra fica rápida e muda a dinâmica do jogo. Mesmo assim no 4 a 3 fomos bem até fechar. É muito bom ganhar jogo com oscilações e condições adversas. Amanhã é prestar atenção caso a gente abra uma vantagem para continuar mantendo a diferença. Estou feliz de passar para a final com a Zhang, que jogou muito bem“, explicou Luisa, atleta patrocinada pela Fila e Faros Invest, embaixadora XP COB e que conta com os apoios da Liga Tênis 10 e Bolsa Atleta.

A brasileira jogará neste domingo (12) sua segunda final em Abu Dhabi, onde foi vice-campeã ao lado da americana Hayley Carter no começo de 2021. Suas rivais serão a taiwanesa Hao Chan e a japonesa Shuko Ayoama. O duelo vale a vaga no top 30 para Luisa que, no momento, está indo ao 31º lugar do ranking. Se for a campeã chegará a 30ª do mundo.

Luisa chega à terceira final consecutiva nesta temporada (Mubalada Abu Dhabi Open)

Boa fase no retorno ao circuito – Luisa alcança sua 15ª final na carreira e buscará o sétimo troféu e segundo nesta temporada de duplas femininas. Ela soma títulos em dois WTA 1000, em Guadalajara (México) em 2022, e Montreal (Canadá) em 2021. Um título em WTA 500 em Adelaide (Austrália), este ano. Mais três WTA 250 em Tashkent (Uzbequistão) em 2019, Lexington (EUA), em 2020, e Chennai (Índia) em 2022.

A paulistana soma sua 18ª vitória consecutiva. Ela vem de títulos no WTA 125 de Montevidéu (Uruguai) ao lado da carioca Ingrid Martins. Começou a temporada 2023 vencendo dois jogos pelo Brasil na United Cup em Brisbane, na Austrália, ao lado de Rafael Matos, depois venceu o torneio de Adelaide com a americana Taylor Towsend, na sequência foi campeã de dupla mista do Australian Open ao lado de Matos. Agora soma três vitórias em Abu Dhabi.

Luisa ficou parada por um ano por lesão no joelho na semi do US Open em setembro de 2021 e desde o retorno joga seu nono torneio e soma sua sexta final buscando o sexto troféu. Neste retorno ela ganhou os torneios de Chennai, Guadalajara, Montevidéu, Adelaide e o Australian Open de mistas.

Fazendo história na carreira – Luisa Stefani, 25 anos, começou a jogar tênis aos 10 anos, na B.Sports, no bairro de Perdizes, em São Paulo (SP), onde nasceu. Disputou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis e foi à semifinal de duplas do US Open juvenil em 2015, quando chegou à 10ª posição do ranking mundial juvenil. Foi para os Estados Unidos para estudar e jogar tênis. No circuito universitário jogou pela Pepperdine University, na Califórnia. Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário americano, dedicou-se parcialmente ao circuito profissional da ITF. Optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018.

Ganhou destaque nas duplas no profissional e começou a colher resultados em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent. Em 2020, ganhou o WTA 125 de Newport Beach e comemorou o título do WTA de Lexington. Terminou o ano como 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Em 2021, foi à final no WTA 500 de Abu Dhabi, alcançando o top 30 – primeira tenista do Brasil desde 1976. E o vice-campeonato do WTA 1000 de Miami fez com que subisse para a 25ª posição – então a melhor de uma brasileira desde que o ranking WTA foi criado em 1975.

Nos Jogos de Tóquio, conquistou a inédita medalha de bronze olímpica para o Brasil ao lado de Laura Pigossi. Continuou subindo no ranking e chegou a ocupar o nono lugar no início de 2022. No retorno ao circuito, após a cirurgia no joelho, conquistou três títulos neste final de temporada 2022: WTA 250 de Chennai, na Índia, WTA 1000 de Guadalajara, no México, e WTA 125 de Montevidéu, no Uruguai, retornando ao Top 50 no ranking da WTA. Começou 2023 com mais um título: WTA 500 de Adelaide, na Austrália, e agora as duplas mistas do Australian Open.

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