São Paulo (SP) – Luisa Stefani, número 30 do mundo, e a canadense Gabriela Dabrowski (número 6) estreiam neste domingo (11) no WTA 1000 de Indian Wells, na Califórnia. A dupla enfrenta a parceria da cazaque Anna Danilina e a norte-americana Asia Muhammad, tenista atual vice-campeã do torneio (ao lado da japonesa Ena Shibahara), a partir das 15h no primeiro jogo da quadra 6.
Stefani e Dabrowski retomam a parceria após o sucesso de 2021, quando foram campeãs no WTA 1000 de Montreal, no Canadá, vices em Cincinnati e San Jose, nos EUA. A dupla disputava a semifinal do US Open quando Luisa machucou o joelho e ficou um ano parada. No retorno da paulistana, em setembro de 2022, elas jogaram juntas e conquistaram o título no WTA 250 de Chennai, na Índia.
“Empolgada para jogar na estreia novamente com a Gabi, tivemos vários dias de treinos para nos entrosar, nos acostumar com as condições. Aqui é mais lento, depende do horário do dia, se tem vento, à noite é mais frio, na hora do almoço, à tarde, é mais quente. É bem interessante pois as condições mudam bastante no mesmo dia”, disse Luisa, patrocinada pela Fila e Faros Invest, embaixadora XP COB e que conta com os apoios da Liga Tênis 10 e Bolsa Atleta.
“Conhecemos bem as adversárias. Joguei recentemente com a Danilina, conheço os padrões dela, ótima jogadora, oscila um pouco e acho que elas nunca jogaram juntas. É usar isso a nosso favor. A Asia Muhammad já ganhou um título esse ano, saca bem, joga bem duplas e simples também. É uma primeira rodada dura. Vamos que vamos,” completou Luisa.
Fazendo história na carreira – Luisa Stefani, 25 anos, começou a jogar tênis aos 10 anos, na B.Sports, no bairro de Perdizes, em São Paulo (SP), onde nasceu. Disputou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis e foi à semifinal de duplas do US Open juvenil em 2015, quando chegou à 10ª posição do ranking mundial juvenil. Foi para os Estados Unidos para estudar e jogar tênis. No circuito universitário jogou pela Pepperdine University, na Califórnia. Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário americano, dedicou-se parcialmente ao circuito profissional da ITF. Optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018.
Ganhou destaque nas duplas no profissional e começou a colher resultados em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent. Em 2020, ganhou o WTA 125 de Newport Beach e comemorou o título do WTA de Lexington. Terminou o ano como 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Em 2021, foi à final no WTA 500 de Abu Dhabi, alcançando o top 30 – primeira tenista do Brasil desde 1976. E o vice-campeonato do WTA 1000 de Miami fez com que subisse para a 25ª posição – então a melhor de uma brasileira desde que o ranking WTA foi criado em 1975.
Nos Jogos de Tóquio, conquistou a inédita medalha de bronze olímpica para o Brasil ao lado de Laura Pigossi. Continuou subindo no ranking e chegou a ocupar o nono lugar no início de 2022. No retorno ao circuito, após a cirurgia no joelho, conquistou três títulos neste final de temporada 2022: WTA 250 de Chennai, na Índia, WTA 1000 de Guadalajara, no México, e WTA 125 de Montevidéu, no Uruguai, retornando ao Top 50 no ranking da WTA. Começou 2023 com os títulos do WTA 500 de Adelaide, na Austrália, Duplas Mistas no Australian Open e o WTA 500 Abu Dhabi.