Desde o final de março, Joinville está em situação de emergência em função da epidemia de dengue. Considerando apenas os três meses deste ano, foram mais de 1,6 mil casos da doença – mais de 1,3 mil somente na última semana de março – e uma morte. No Hospital Dona Helena, as equipes rapidamente se mobilizaram em torno do plano de contingência para enfrentar o problema. Oito novos médicos, cinco enfermeiros e dez técnicos se somaram à equipe, permitindo a ampliação no atendimento para até 17 novos leitos. “Todas as providências estão sendo tomadas para que o hospital possa responder com agilidade e eficiência a esse aumento no número de casos – tanto de crianças quanto de adultos”, explica a médica Luana Ferrabone, coordenadora da Emergência da instituição.
Em horários de pico, já funcionam dois novos consultórios adultos e um pediátrico, além da ampliação de horários da enfermagem e de pediatras, sala específicas para a prova do laço – exame específico para o diagnóstico de dengue – e otimização dos fluxos de coleta de exames e envio de amostras ao laboratório.
O diretor geral da instituição, José Tadeu Chechi, destaca a importância da acreditação pela Joint Commission International (JCI) e do planejamento estratégico, integralmente alinhados aos protocolos internacionais, que viabilizam uma maior agilidade e eficácia nas ações de contingência, necessárias em momentos como esse. “A instituição é internacionalmente acreditada e seu sistema da qualidade, que funciona desde 1999, garante uma atuação integrada, que permite agilizar todas as ações necessárias, neste momento de crise sanitária. O Dona Helena, rapidamente, toma todas as providências para fazer frente a essa nova situação, a exemplo do que aconteceu na pandemia de Covid-19”, pontua.
O que é, como evitar?
A médica Luana Ferrabone explica que a dengue é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pela picada do aedes aegypti, o mosquito responsável também por disseminar a febre amarela. A doença pode se apresentar de forma benigna ou grave – dependendo de vários fatores, incluindo infecção anterior pelo vírus e fatores individuais como a boa saúde geral ou a existência de doenças crônicas como diabetes, asma ou anemia falciforme.
A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros. De acordo com o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), a maior parte dos focos do mosquito está nas residências.
A Vigilância Ambiental de Joinville também continua com as atividades de rotina no combate à dengue, como visitas às residências, especialmente nos bairros com maior quantidade de focos do mosquito; instalação e acompanhamento de armadilhas; e monitoramento das Estações Disseminadoras, armadilhas implantadas em parceria com a Fiocruz Amazônia.
Já na terça-feira, 29, começou a funcionar a Central de Atendimento da Dengue em Joinville, para atender casos que apresentem sintomas leves a moderados. A Central funciona na UniSociesc Campus Park, no bairro Boa Vista – rua Prefeito Helmuth Fallgater, 3333) e atende no período das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira.