Esses parasitas, além de causar muito desconforto, podem transmitir doenças graves. Por isso, adotar ações preventivas, como cuidados com o ambiente e a utilização de produtos específicos são fundamentais para proteger a saúde.
O carrapato é um desafio constante quanto ao seu controle, mas com um rígido e eficaz planejamento, aliados a produtos de excelente qualidade, torna-se possível mitigar os prejuízos.
“A febre maculosa ganhou destaque devido às mortes de quatro pessoas que contraíram a enfermidade na Fazenda Santa Margarida, em Campinas (SP). Esta doença é causada pelo carrapato-estrela e pode ser encontrada em animais silvestres e domésticos. Em um momento como esse é importante procurar informações para desmistificar o que é a febre maculosa e como evitá-la”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News e Negócios.
A febre maculosa é uma infecção causada pela Rickettsia rickettsii, que é transmitida pelo “carrapato-estrela” por meio de sua picada. A transmissão da doença para as pessoas acontece quando o carrapato infectado pica o humano, inoculando a bactéria por meio da saliva do parasita, diretamente para a corrente sanguínea.
Dr. Evaldo Stanislau, professor de Medicina na São Judas Cubatão e médico infectologista no HC-SP, explica que febre maculosa pode ocorrer o ano inteiro e os mamíferos são os principais hospedeiros do carrapato-estrela. O carrapato fica em áreas de mato, então a pessoa que for até uma área dessas correrá um risco maior de se contaminar, por estar em uma área de circulação do carrapato infectado. Existe um tempo para que seja transmitida a doença. Em geral é um período longo, então apenas um contato fugaz do carrapato com a pele não significa que a pessoa vá se infectar.
A febre maculosa pode ser confundida com outras doenças, mas é uma doença extremamente agressiva que pode evoluir com uma letalidade elevada se não for diagnosticada e tratada corretamente.
No Japão, a morte de uma mulher na casa dos 70 anos seria o primeiro caso de uma doença causada pelo vírus Oz. A suspeita é que o vírus seja transmitido por carrapatos. O governo japonês pediu para que a população use camisas e calças longas quando for para o campo ou para florestas. Ainda não há remédios para a doença, somente para aliviar os sintomas.
Existem algumas ações preventivas capazes de reduzir o número de carrapatos no ambiente, tal como, a rotação de pastagens, preferencialmente com agricultura, com o objetivo de diminuir a quantidade de parasitos no ambiente.
Para atingir melhores resultados no controle é preciso entender que ele deve ser realizado ainda quando a infestação é menor, como ocorre em determinadas regiões ao início da primavera (entrada da Estação das Águas). “É preciso atuar nos animais de forma estratégica ainda nos meses de seca, fase em que o parasita está mais suscetível às condições ambientais”, explica Octaviano Alves Pereira Neto, gerente técnico da Elanco.
O desconforto mais comum causado pelos parasitas nos pets é a coceira, mas é preciso ter em mente que este é apenas um dos males. Carrapatos são responsáveis pela transmissão de hemoparasitoses, que são doenças em que o parasita infecta células do sangue. Entre elas, é importante mencionar a erlichiose, babesiose, anaplasmose e rangeliose, transmitidas pela picada do carrapato Rhipicephalus sanguineus. Conhecidas como ”doença do carrapato”, são graves, silenciosas, se manifestam de diversas formas e podem levar o animal a óbito.
“O conceito de prevenção ainda não está consolidado no Brasil. Por isso consideramos fundamental disseminar informações sobre os hábitos dos parasitas e destacar que as doenças transmitidas pelo carrapato vêm crescendo no país devido às condições ambientais favoráveis e também à adaptação dos carrapatos ao meio urbano”, afirma Cristiano Anjo, gerente de Marketing de Pet da Elanco para o Brasil e Cone Sul.
Segundo o pesquisador Donald Broom, a administração exagerada e irresponsável de antimicrobianos contribui para aumentar o processo natural de seleção dos microrganismos e causa o aparecimento de populações de bactérias multirresistentes, a chamada Resistência Antimicrobiana (RAM).
“A resistência também compromete a eficácia dos antiparasitários, usados para combater o carrapato-estrela, principal vetor da febre maculosa. Devido a essa redução da eficácia dos antiparasitários (organofosforados, piretróides), o controle do carrapato-estrela tornou-se bastante difícil em vários estados brasileiros”, relata Vininha F. Carvalho.
Fonte: Del Valle Editoria