Brasília (DF) – A missão humanitária enviada pelo Governo Federal ao Canadá já iniciou os trabalhos de combate aos incêndios florestais que atingem o país norte-americano desde o mês de janeiro deste ano. A equipe brasileira, que conta com a participação de cerca de 20 integrantes da Defesa Civil Nacional, está atuando na região da Colúmbia Britânica, uma das 13 províncias atingidas pelo desastre.
Coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, a equipe brasileira conta com 104 especialistas, concentrados em cinco brigadas. Os integrantes da missão devem atuar em solo canadense até o dia 24 de agosto.
Nos últimos dois dias, as equipes estiveram em campo desde as seis horas da manhã, realizando atividades de combate ao fogo. “Hoje, a atuação brasileira foi em três pontos específicos e, felizmente, não houve novos focos de incêndio”, destaca o chefe de gabinete da Defesa Civil Nacional, Wesley Felinto.
De acordo com dados do Centro Interagencial de Incêndios Florestais do Canadá (CIFFC), há, atualmente, pelo menos 885 focos de incêndio ativos, sendo 199 sob controle e 566 fora de controle. Até o momento, mais de 11,1 milhões de hectares foram queimados.
Além do MIDR, participam da missão profissionais dos Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) e da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), além de corporações de bombeiros militares dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal.
Cooperam com a organização da missão os Ministérios da Defesa, dos Transportes e da Fazenda, além do Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (LIGABOM) e de outras repartições federais e estaduais. A equipe consta, inclusive, com dez brigadistas quilombolas, do estado de Goiás, e nove brigadistas indígenas da etnia Xerente, do Tocantins.
Por determinação legal interna do governo canadense, as despesas do Brasil com o envio da comitiva serão reembolsadas por aquele país, que também oferecerá aeronave para o transporte dos especialistas brasileiros e de seus equipamentos.
Fonte: Agência Brasil