Em apenas uma década, a receita dos embarques internacionais de soja do Centro-oeste triplicou, passando de US$ 1,6 bilhão, entre janeiro e maio de 2005, para US$ 5 bilhões, no mesmo período de 2015, segundo as informações da Secex – Secretaria do Comércio Exterior, apuradas pelo Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS. O resultado demonstra o potencial produtivo da região que é líder nacional em exportação do segmento. Para evidenciar a força produtiva do Centro-oeste, considerado o eixo do agronegócio, será realizada nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande/MS, a 3ª edição da Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil Central.
A Bienal da Agricultura acontece a cada dois anos, realizada rotativamente nas capitais dos Estados do Centro-oeste. A primeira ocorreu em Goiânia, a segunda em Cuiabá e agora é a vez da capital sul-mato-grossense. A Bienal é organizada pelas federações de agricultura e pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Mato Grosso (Famato), Goiás (Faeg) e Distrito Federal (Fape-DF). O tema desta quarta edição é “Conectando o campo e a cidade”.
Segundo os dados da Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, a receita de US$ 5 bilhões é responsável por 45% do resultado total, considerando que entre janeiro e maio deste ano os embarques internacionais de soja do Brasil somaram US$ 11,1 bilhões.
Ao todo, de acordo com o levantamento da Famasul, as vendas externas do complexo soja (soja em grão, farelo de soja e óleo de soja) totalizaram 12,6 milhões de toneladas entre janeiro e maio deste ano, 75,5% a mais que em janeiro e maio de 2005, quando as vendas chegaram a 7,187 milhões de toneladas.
O resultado da última década reforça o status que a região Centro-oeste tem de maior celeiro de grãos do país, segundo a avaliação da gestora do Departamento de Economia do Sistema Famasul, Adriana Mascarenhas. “Quando o assunto é soja e milho, conseguimos nos destacar em diferentes parâmetros, somos campeões em produção, área, produtividade, exportação e também saímos na frente quando o assunto é tecnologia aplicada ao campo. Nosso produtor também é atento ao andamento do mercado, acompanha o mercado futuro e consegue vender no melhor momento, além de estar sempre atento aos seus custos de produção”.
Com eventos paralelos, palestras, workshops e painéis de discussão, a Bienal da Agricultura apresentará questões estratégicas do setor. Além de demonstração de tecnologias de empresas ligadas ao setor, o evento terá discussões técnicas de temas específicos nas áreas da agricultura, pesquisa, ciência, tecnologia, clima e educação. Um dos destaques da realização é uma programação paralela, tal como um encontro para jornalistas com o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, na véspera do evento.
Sobre a Bienal – A vitrine do agronegócio já está na agenda dos principais eventos do setor no País. A feira é promovida pelas federações agropecuárias do Brasil Central, entidades que trabalham na defesa do produtor rural, agrupam serviços de aprendizagem e sindicatos e fazem parte da CNA – Confederação da Pecuária e Agricultura do Brasil, que atua no âmbito político nacional e tem representantes nos 26 estados e no Distrito Federal.