O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio de sua Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc) e Fundação de Cultura, realizou na noite desta segunda-feira (05), no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, o lançamento do MS Cultural. Na ocasião, foi feita a divulgação do calendário de ações da Fundação de Cultura em 2024, com previsão de cerca de 100 ações e eventos a serem realizados ao longo do ano, com orçamento previsto de R$ 176 milhões, incluindo o Fundo de Investimentos Culturais. No ano de 2023, os investimentos da FCMS somaram R$ 82.197.134,33.
O MS Cultural envolve uma série de ações e eventos culturais que serão realizados ao longo de 2024, sob a gestão da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura – SETESC / Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul – FCMS. Serão mais de 150 atividades farão parte este ano do calendário cultural de MS, contemplando todos os segmentos artísticos e culturais de MS.
“Hoje lançamos o MS Cultural, que reúne mais de cem projetos e programas que acontecerão durante todo o ano, aos quais garantiremos recursos e insumos necessários. Não significa que se esgotará neste conjunto de iniciativas, visto que somos por natureza própria um núcleo efervescente de criatividade. Esses recursos vão chegar aos barracões das escolas de samba, aos palcos, estúdios, sets de filmagens, galerias, ateliês, centros culturais, oficinas, cursos formativos, restauração do patrimônio histórico, e aos espetáculos produzidos por mais de cinco mil artistas sul-mato-grossenses, nas áreas de artes cênicas, dança, moda e design, cinema, artesanato, música, arte de rua, memória histórica e um sem número de outras especialidades contemporâneas. Também estaremos presentes nos 79 municípios atendendo a demanda de cada localidade, em especial ao apoio a celebrações tradicionais como a Festa da Linguiça de Maracaju, o Porco no Rolete de São Gabriel do Oeste, as tradições como a viola de coxo, a Festa do Toro Candil, manifestações culturais genuínas que estão nas raízes do que fomos e ainda do que somos hoje”, afirmou o diretor-presidente da Fundação de Cultura de MS, Eduardo Mendes Pinto.
O secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, convidou a todos para acessar as redes sociais da Fundação de Cultura para ficar a par de todas as novidades relacionadas ao MS Cultural. O secretário disse que faz parte de sua missão na Cultura a “austeridade, democratização dos recursos da Cultura, projetos inovadores valorizando o que já foi construído e ouvindo os verdadeiros fazedores de cultura. Estamos mapeando riscos, garantindo a execução correta dos recursos públicos, grandes sistemas de fiscalização para ver se realmente os recursos públicos estão bem utilizados. Para democratizar o acesso à cultura fizemos um apoio sistemático aos municípios. Mato Grosso do Sul é um dos Estados que 100% captou os recursos da Lei Paulo Gustavo. Demos capacitação online, para que os fazedores de cultura tenham condições de entrar no edital. Desburocratizando os editais, fizemos pela primeira vez na história um edital totalmente online, que permite as pessoas das regiões mais remotas consigam entrar edital, tenham informação, captar o recurso, contratamos pareceristas externos para fazer uma coisa mais transparente. Festivais foi um grande desafio, em dois meses fazer um festival do tamanho de Bonito, tivemos o Festival Bonitinho, interações tecnológicas, Catedral Erudita, para circulação da nossa música clássica, que é referência no mundo. O MS ao Vivo, aliando a economia criativa e a gastronomia. Nós fomos ouvir os fazedores de cultura e fomos muito bem acolhidos e orientados. Quero manifestar minha gratidão e o compromisso de atender as expectativas de vocês, e de nosso governador e realmente valorizar nossa cultura, nossa história, nossas tradições”.
O governador do Estado de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, anunciou recursos para o FIC durante toda a sua gestão: “Vocês viram aqui um grande planejamento para o ano de 2024. Eu sempre digo que a Fundação de Cultura não faz cultura, a Setesc não faz cultura, o Governo do Estado não faz cultura. Quem faz cultura são vocês, quem no dia-a-dia produz toda essa expressão maravilhosa do povo sul-mato-grossense são vocês. O que o ente público faz é proporcionar a condição para florescer o que está na essência de cada um, de cada forma de expressão. É esse o nosso papel, fazer encontrar o talento e a oportunidade com competência. Anuncio aqui que este ano o nosso FIC vai ser de 14 milhões de reais para toda a classe cultural e ele ocorrerá sempre no primeiro quadrimestre de cada ano neste valor, podendo ser reajustado. O MS Cultural lança uma programação que atende a todos os setores, diversas formas de expressão, a todas as áreas culturais, que abarca desde o governo do Reinaldo, trabalhando a reforma dos principais equipamentos culturais. Vamos inaugurar agora nosso teatro, o castelinho em Ponta Porã, o MARCO, que precisa urgente da nossa intervenção, e uma série de ações que foram programadas lá atrás e está sendo dado continuidade para que a gente tenha nossos equipamentos à altura do que a cultura sul-mato-grossense merece e pode ter”.
O MS Cultural contará com um orçamento de mais de R$ 176 milhões a serem aplicados em políticas, programas, ações e projetos, assim como nas realizações dos já consagrados Festivais de Bonito e América do Sul em Corumbá. A estimativa é que esse “pacote” da cultura beneficie mais de 5 mil artistas, além da população em geral. Além, é claro, da realização do Campão Cultural – 3º Festival de Arte e Cultura MS, a ser realizado em dezembro, na Capital.
Ações de revitalização e restauração de equipamentos culturais também fazem parte do projeto a ser lançado e tem como objetivo garantir espaços de disseminação e conservação da identidade cultural do Estado. Entre as obras a serem realizadas em 2024 estão: restaurações do Castelinho de Ponta Porã, Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul (Marco), Vagão Ferroviário (antigo Vagão do Trem do Pantanal), Igreja de São Benedito; reforma do prédio do antigo Labcen, para abrigar o Arquivo Público Estadual; Salvaguarda do Patrimônio Imaterial de MS; restauro Manoel de Barros e restauro Forte Coimbra.
Entre as ações estão o apoio às ligas de Blocos e Escolas de Samba para a realização do Carnaval, em fevereiro, com um investimento de R$ 2,3 milhões para Campo Grande e Corumbá.
O MS ao Vivo, programa de apresentações culturais e fomento de economia criativa a cada segundo domingo do mês no Parque das Nações Indígenas com um show nacional e shows regionais, além de intervenções de teatro, dança e circo, será realizado no período de março a novembro. Continua o Catedral Erudita, projeto que leva música erudita a templos religiosos, a ser realizado em dezembro.
O programa de incentivo à economia criativa e intervenções culturais nas maiores feiras e festas gastronômicas de MS, o Rota Gastronômica, acontece de março a dezembro, período em que também acontece a Film Comission, projeto para alavancar as ações de audiovisual no MS por meio da transversalidade de áreas.
A Plataforma Mapa Cultural de MS + Prosas visa consolidar a plataforma “Mapa Cultural de MS” como base de cadastro oficial do Estado e operacionalizar eletronicamente os editais da FCMS (inscrição, avaliação e divulgação), em substituição à plataforma do GoogleDocs. Para isso, será contratada empresa especializada em serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC). O prazo pra realização é o mês de setembro.
Na área de Artesanato nesse campo estão programadas ações de capacitação e apoio técnico; mapeamento e catalogação do artesanato indígenas; edital de premiação para artesãos; entre outras, com destaque para a Semana do Artesão, de 18 a 25 de março; a participação em feiras de artesanato nacionais, com presença confirmada em seis eventos; Artesania, com realização de oficinas técnicas, de abril a novembro; realização da Semana da Moda em Campo Grande.
Na área de audiovisual, acontece o projeto Rota Cine MS, que disponibilizará kit cinematográficos nos municípios entre maio e novembro e o festival de cinema Pantanal Film, em abril.
A Arte de Rua também será contemplada com o Circula Perifa e Conexões Graffiti, de maio a novembro. Na área de artes visuais acontece e, mpve,brp p Salão de Arte de MS, com o objetivo de selecionar e premiar a produção regional e nacional.
Na área de Artes Cênicas acontece o projeto Boca de Cena – Mostra Sul-Mato-Grossense, em abril. A Semana Pra Dana será retomada, em abril e o Circuito Dança no Mato, com programação a partir de abril também.
Os shows do Som da Concha vão acontecer no segundo e penúltimo domingo de cada mês. Serão 14 apresentações, 9 em Campo Grande e 4 no interior do Estado, entre os meses de maio e dezembro. Em abril, acontecerá a III Feira da Música de Campo Grande, mostra da identidade dos músicos sul-mato-grossenses, com palestras, oficinas, painéis, stands, rodada de negócios, debates e shows musicais.
O 24º Proler vai ser realizado de abril a outubro; Leia Mais em julho; XIII Simpósio de Educação Patrimonial em agosto e MS GEEK (cultura nerd), de junho a agosto.
Projetadas para fomentar e valorizar as inúmeras práticas culturais existentes no Estado, as ações do MS Cultural têm como meta gerar oportunidades e acesso amplo e irrestrito a toda a população, dada a importância da cultura na formação cidadã do sul-mato-grossense, marcada pela diversidade e forte associação com o meio ambiente.