O salário mínimo aumentou, mas como controlar os gastos? Saiba como equilibrar contas e continuar no azul

Especialista destaca práticas que podem não só preservar o orçamento mensal, mas também promover saúde financeira de longo prazo

O reajuste do salário mínimo, aprovado pelo Congresso Nacional no final do ano passado e em vigor desde 1º de janeiro de 2024, trouxe um aumento de 6,97%, superando a correção de 2023 e a inflação acumulada do ano. Apesar disso, dados do Observatório Brasileiro das Desigualdades revelam que, no Brasil, aproximadamente 7,5 milhões de pessoas ainda enfrentam o desafio de viver com uma renda mensal inferior a R$ 150.

Foto: Divulgação

Dentro dessa realidade brasileira, a recente elevação no valor exige uma abordagem financeira consciente para manter o equilíbrio das contas, como justifica Thaíne Clemente, executiva de Estratégias e Operações da Simplic, fintech de crédito pessoal online.

O aumento do salário mínimo é uma notícia positiva, mas as pessoas devem estar conscientes da importância de gerir suas finanças de maneira equilibrada, mesmo com esse valor a mais no bolso. O verdadeiro desafio está em aprender a direcionar os recursos de forma eficaz, priorizando gastos essenciais, eliminando supérfluos e construindo reservas”, afirma Thaíne. “Equilibrar as contas não apenas fortalece a estabilidade financeira individual, mas também contribui para a construção de uma sociedade mais resiliente economicamente”, continua a executiva.

A seguir, Thaíne compartilha algumas orientações valiosas para promover a saúde financeira. Confira:

Elaboração de orçamento

Liste todas as fontes de renda. Em seguida, categorize as despesas em fixas (aluguel, contas de serviços públicos) e variáveis (entretenimento, refeições fora de casa). Defina limites para cada categoria, priorizando despesas essenciais. Essa medida ajuda a visualizar as entradas e saídas de maneira sistemática, facilitando entender aonde vai o dinheiro e que hábitos exigem um pouco mais de atenção.

Priorização de despesas

Identifique despesas prioritárias e essenciais, como as necessidades básicas de moradia, alimentação e serviços. Garanta o pagamento dessas contas antes de considerar gastos não essenciais. Para o restante, reflita e defina seus objetivos financeiros e considere fazer uma reserva.

Negociação de dívidas e contratos

Renegocie contratos e dívidas para obter melhores condições de pagamento, como parcelas mais acessíveis e prazos maiores. Acordos dessa natureza, desde que bem planejados e cumpridos, podem desafogar o orçamento mensal e evitar novas dívidas.

Explore suas opções. Além das tradicionais negociações com credores, considere explorar serviços de crédito pessoal online, que permitem consolidar todas as dívidas em um único empréstimo. Dessa forma, é possível centralizar as negociações e facilitar a obtenção de acordos mais acessíveis, proporcionando uma alternativa viável para quem busca reorganizar suas finanças“, comenta a especialista.

Constituição de reserva de emergência

Após identificar as prioridades, destine uma porcentagem da renda para a sua reserva de emergência. “Mesmo que seja pouco, o que vale é a consistência. Criar o hábito de poupar todo mês pode salvar a família de imprevistos, e nesse momento ficará clara sua importância na hora de evitar novos endividamentos”, afirma Thaíne.

Uso de ferramentas de gestão financeira

Experimente aplicativos de controle financeiro para acompanhar despesas em tempo real. Eles são ferramentas interessantes para ter uma visão geral das contas e entender melhor as finanças pessoais, permitindo um planejamento mais consciente. Como alternativa, também é possível utilizar planilhas para registrar e analisar gastos mensais.

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