Um incêndio, ainda de causas desconhecidas, atingiu e destruiu na madrugada desta sexta-feira (26), por volta das 03h45min (horário de Brasília), uma pensão, que também funcionava como albergue, em Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul, causando a morte de pelo menos 10 pessoas e deixando outras sete feridas. Não há informações sobre desaparecidos.
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De acordo com informações da Assessoria de Comunicação da Brigada Militar (BM), a pensão/albergue fica localizada na Avenida Farrapos, no Bairro Floresta, e funcionava de forma irregular, apesar de manter um convênio com a Prefeitura.
Equipes do Corpo de Bombeiros, da Brigada Militar, da Polícia Civil e da Defesa Civil foram mobilizadas e enviadas para o local, que foi isolado. Um trecho da Avenida Farrapos precisou ser interditado e o tráfego de veículos na região foi suspenso. Houve desvios e os motoristas tiveram que seguir por outras vias públicas.
O contrato mais recente com a Prefeitura de Porto Alegre estava em vigor desde dezembro de 2023, e tinha prazo de 12 meses, com repasse de verba pública no valor de R$ 2,7 milhões.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião de Araújo Melo, afirmou que irá rever o convênio com a entidade que administra o local, e que os documentos referentes ao contrato serão analisados e periciados.
“A prefeitura vai aportar todos os documentos que tem na FASC (Fundação de Assistência Social e Cidadania), que é o órgão responsável pelos convênios e contratos. A relação da Prefeitura com a entidade ocorre desde 1027, e uma nova licitação foi agendada no ano passado”, disse o prefeito Sebastião Melo.
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O Tenente-Coronel do Corpo de Bombeiros, Lúcio Junes da Silva, informou que o espaço não atendia as exigências mínimas para funcionara como pensão e albergue, por não possuir Plano de Prevenção e Proteção contra incêndios.
Técnicos da Defesa Civil e bombeiros estão analisando a estrutura do prédio para tentar descobrir o que provocou o fogo e, principalmente, para verificar a estrutura da edificação, devido ao risco de desabamento.
Um funcionário da Defesa Civil, que preferiu não se identificar, disse que existe várias hipóteses para o início das chamas, desde um curto-circuito, como um ato criminoso.
A perícia feita pelos bombeiros, policiais civis e técnicos da Defesa Civil irão determinar as reais causas do incêndio.
Os bombeiros já conseguiram controlar e apagar totalmente as chamas. Agora, eles fazem o trabalho de rescaldo, afim de evitar que novos focos de fogo apareçam no local.
Os corpos das vítimas fatais já foram resgatados e levados para o Departamento Médico-Legal (DML), aonde serão realizados todos os exames de praxe, incluindo o de identificação.
Já os feridos foram socorridos e levados às pressas para o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. O estado de saúde das vítimas não foi revelado.
O presidente Luís Inácio Lula da Silva, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o prefeito Sebastião Melo lamentaram profundamente o ocorrido, e se solidarizaram-se com as vítimas e seus familiares.
Com informações da Assessoria de Comunicação da BM/RS
