Cigarros eletrônicos já têm mais de 2 milhões de usuários

Dispositivos são tão prejudiciais quanto o cigarro convencional e têm alta quantidade de nicotina

São Paulo (SP) – A incidência de câncer tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, e o de pulmão está entre os mais prevalentes do mundo. Boa parte dos novos casos tem relação com o envelhecimento da população, mas também com o tabagismo e o uso de cigarros sem filtro.

Foto: Abrikasimf/Freepik

A última moda é o cigarro eletrônico, ou vaper, que se tornou muito popular nos últimos anos. A maioria das pessoas que usam o dispositivo é de adolescentes e jovens com até 25 anos. De acordo com Dr. Rafael Futoshi, pneumologista do Hcor, uma preocupação diz respeito a parte dessa população passar a utilizar o cigarro convencional depois de iniciar com o eletrônico.

Alguns fumantes de longa data utilizam o dispositivo como alternativa para parar de fumar. Atualmente, o Brasil já conta com mais de 2 milhões de adeptos, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia. Estudos ainda estão sendo realizados para entender quais são os malefícios causados pelo cigarro eletrônico”, afirma.

O principal vilão do tabagismo continua sendo a nicotina, droga que causa dependência e que possui relação direta com a formação de células cancerígenas. Existem certos líquidos utilizados nos cigarros eletrônicos com alta quantidade da substância, causando mais vício.

Além disso, a placa do aparelho libera materiais pesados que estão envolvidos no processo de formação do câncer, junto com o tabagismo, aumentando o risco de desenvolver a doença no pulmão e em outros órgãos. Eles também podem causar diversas outras doenças, como infecções das vias aéreas respiratórias, que acabam ficando mais vulneráveis.

O vapor dos cigarros eletrônicos possui muitas substâncias químicas, assim como o líquido utilizado. Essa fumaça irrita completamente as vias respiratórias, deixando-as vulneráveis a vírus e bactérias do ambiente. O mesmo acontece ao inalar esse vapor, que pode comprometer as células do pulmão e inibir sua capacidade plena, impedindo que ele se proteja de infecções”, explica o Dr. Futoshi.

Cessar o tabagismo traz diversos benefícios à saúde em curto, médio e longo prazos, que incluem a redução do risco de câncer e doenças cardiovasculares. “Os médicos podem oferecer todo o suporte necessário para ajudar a parar de fumar. Quem começou agora com o cigarro eletrônico precisa parar o quanto antes; e quem nunca experimentou é melhor evitar”, alerta o pneumologista.

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