As vias públicas de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, com raras exceções, se transformaram num verdadeiro ‘queijo suíço’, em decorrência do excesso de buracos existentes nas ruas e avenidas da cidade.
Os 2.500 quilômetros de malha viária pavimentada da capital sul-mato-grossense apresentam, deste 2014, verdadeiras crateras, causando transtornos e prejuízos a motoristas e perplexidade aos pedestres que precisam transitar, correndo o risco de tropeçar, cair e se machucar.
O problema aparentemente teria começado depois da eleição de Alcides Bernal para governar a cidade e, principalmente, depois de sua cassação pelos vereadores, que colocaram em seu lugar o vice-prefeito, Gilmar Olarte, acusado de cometer diversas irregularidade.
Posteriormente, em 2015, a Justiça de Mato Grosso do Sul devolveu o cargo ao prefeito eleito Alcides Bernal, mas infelizmente ele encontrou a Prefeitura sem recursos, não podendo realizar as obras de infraestrutura necessárias na cidade.
Em novembro de 2015, mais de 60 dias depois de ter voltado ao cargo, iniciou obras emergências de tapa-buracos nas principais vias públicas da cidade, mas elas começaram em uma época chuvosa, e todo o trabalho já realizado terá que ser refeito, tendo havido neste caso específico um desperdício de recursos públicos.
Em média, a Prefeitura de Campo Grande gastou cerca de R$ 2 milhões por mês com os trabalhos de recuperação da pavimentação asfáltica.
Dados divulgados pela Prefeitura revelam que em novembro de 2015 foram fechados 11.923 buracos, com utilização de 900 toneladas de concreto betuminoso em 7.400 m². Já em dezembro de 2015, ainda segundo os dados, foram fechados 21.700 buracos.
Para Joel Silveira Cardoso, de 37 anos, proprietário de um veículo, o descaso das autoridades municipais é revoltante, principalmente pelo fato da população pagar seus impostos em dia, e não receber as melhorias na infraestrutura da cidade.
“Todos nós estamos revoltados, não somente com os prefeitos Bernal e Olarte, mas sobretudo com os vereadores, que precisam fiscalizar e não pensar somente em seus próprios interesses”, afirmou Joel Cardoso.