Quando o assunto é sanidade animal os produtores rurais de Mato Grosso do Sul comprovam seu comprometimento e perfil empreendedor, tornando-se referência nacional. A conclusão é da diretora-secretária do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Terezinha Candido, referindo-se à última informação apresentada pela Sepaf – Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar, por intermédio da Iagro – Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, apontando que a cobertura vacinal contra a febre aftosa atingiu 99,4% do rebanho total envolvido na última campanha.
Segundo os números do Governo do Estado, foram imunizados na última etapa mais de 10 milhões de bovinos. “O pecuarista sul-mato-grossense fez o dever de casa ao longo dos últimos anos e a consequência disso são dez anos sem nenhum foco da febre aftosa em nosso Estado e um status de livre da doença com vacinação que deve ser mantido”, afirma Terezinha.
O status mencionado pela diretora, concedido pela OIE – Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), permite que Mato Grosso do Sul se mantenha como fornecedor de carne bovina a outros países e abre portas para mercados exigentes, como os países da União Europeia, Chile, entre outros. “Nosso atual patamar é resultado da ação da Iagro, do Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e dos produtores rurais”, salienta.
De acordo com os dados do Departamento de Economia do Sistema Famasul, em dez anos, o mix de distribuição de carne bovina no mercado internacional ampliou, como consequência do aumento do nível sanitário no Estado. Em 2005, por exemplo, 32% do volume negociado em Mato Grosso do Sul era direcionado à Rússia, enquanto que 9,6% tinha como destino o Egito e 6,8% a Itália.
Já em 2015, apesar da Rússia se manter como o maior comprador da nossa matéria-prima, o país responde por 21% das negociações do setor, enquanto que o Egito participa com 16,7% e Hong Kong, unidade administrativa da China, é o nosso terceiro maior comprador de carne bovina, respondendo por aproximadamente 13%.
A próxima etapa de imunização está agendada para iniciar em abril deste ano, na região de Fronteira e no Planalto e Pantanal com início em maio. De acordo com os dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, o Estado ocupa a quarta posição no ranking nacional de rebanho bovino.