Os operários da Fábrica da General Motors (GM) em São José dos Campos, no interior do Estado de São Paulo, decidiram em assembleia realizada no início de terça-feira (18/01), manter por mais 24 horas a paralisação.
A greve havia sido decretada por 24 horas em assembleia realizada na manhã de segunda-feira (28/01), tendo a paralisação sido estendida por mais tempo. Os trabalhadores reivindicam R$ 7 mil como segunda parcela na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2015. A empresa havia concedido apenas R$ 5 mil.
Os trabalhadores rejeitaram a proposta patronal, sendo que o valor apresentado pela direção da GM representaria um aumento de R$ 750,00, ante a primeira oferta concedida pela companhia.
Segundo o secretário-geral do Sindicato da Categoria na cidade de São José dos Campos, Renato Almeida, a reivindicação dos trabalhadores é justa.
“Nós entendemos que o mercado está em crise, que teve queda na produção, mas, como houve demissões, quem ficou na fábrica trabalhou muito no decorrer do ano passado. Nada justifica querer reduzir o prêmio desses trabalhadores”, disse Renato Almeida.
Em julho de 2015, os funcionários da GM receberam cerca de R$ 8,5 mil referentes à primeira parcela da PLR, sendo que a principal reivindicação da categoria é que a Participação chegue a R$ 15,5 mil no total.
Uma nova assembleia de funcionários está prevista para acontecer na manhã desta quarta-feira (20/01), por volta das 05h30min (horário de Brasília). A categoria não descarta a possibilidade de haver greve por tempo indeterminado.
A Assessoria de Imprensa da GM preferiu não comentar a paralisação dos trabalhadores, afirmando apenas que o encolhimento de 26% do mercado brasileiro de veículos vem fazendo com que a deterioração da posição financeira da empresa se aprofunda ainda mais.
Com informações das Agências Brasil e Estado