Câncer de próstata em pets? Como a castração pode prevenir doenças nos bichinhos

Segundo veterinária da Pet de TODOS, além de seguro, a castração é um procedimento simples, que pode salvar a vida dos animais

A Campanha de Novembro Azul está na agenda da saúde atual para conscientizar sobre a importância da prevenção, mas engana-se quem pensa que os riscos de câncer de próstata se restringem somente aos homens. Os animais de estimação machos também estão propensos a esse e outros cânceres, causando sofrimento tanto para eles quanto para seus tutores.

Foto: Divulgação

O câncer de próstata atinge aproximadamente 4% dos cães com mais de sete anos, conforme informa o Conselho Federal de Medicina Veterinária. Esse número aumenta consideravelmente quando o pet não é castrado, chegando a 80%. A entidade ainda aponta uma prevalência em cachorros, mas a doença também pode acometer os gatos.

Nesse sentido, de acordo com a veterinária da Pet de TODOS, Nathali Braz Vieira dos Santos (CRMV 60757), é importante que os tutores busquem a castração já a partir dos cinco meses no caso dos gatos, e seis meses no caso dos cães. Ela reforça que a castração precoce do animal reduz significativamente as chances de desenvolvimento de cânceres.

Benefícios da castração

A veterinária da Pet de TODOS explica que a castração atua diretamente na produção de hormônios de cães e gatos. “Nos machos, os testículos produzem os hormônios que ocasionam as doenças hormônio-dependentes, e o câncer é uma delas. Por meio da castração, retira-se esses testículos, automaticamente impedindo sua produção”, detalha a profissional.

Já nos felinos, a castração também se associa com o seu comportamento de sair de casa com frequência para se acasalar. Isso porque, ao retirar os órgãos reprodutores, impede-se a produção dos hormônios sexuais, deixando os bichinhos mais caseiros.

Assim o procedimento, além de evitar o aparecimento do câncer em si, também evita outros tipos de doenças, que podem ser transmitidas por meio do acasalamento ou de brigas fora de seus lares. “Ao castrar os gatos, diminui-se o instinto de fuga, o que os impede de reproduzir e, consequentemente, previne doenças”, sinaliza.

A profissional ainda ressalta que o procedimento é muito seguro e minimamente agressivo. A recuperação pós-cirúrgica deve incluir alguns cuidados, como roupa cirúrgica ou o colar elisabetano, para que o animal não tenha contato com a região operada. A cicatrização leva cerca de dez dias.

De olho nas doenças

No caso de animais não castrados, ainda é necessário que os tutores fiquem de olho nos sintomas. Alguns deles podem ser indicativos de câncer de próstata. Nathali elenca alguns como:

  • Hiperplasia prostática, ou aumento da próstata;
  • Fezes finas e delgadas;
  • Dificuldades para urinar;
  • Secreção peniana;
  • Vômitos e dificuldades para se alimentar.

E as fêmeas?

A castração é uma medida preventiva importante tanto para machos quanto para fêmeas pelo mesmo motivo: ajuda a reduzir o risco de câncer e outras diversas doenças. Segundo a médica veterinária da Pet de TODOS, o mecanismo é parecido com o do macho, sendo o seu sistema reprodutor o responsável pelos hormônios que podem ocasionar o câncer de mama, por exemplo. Assim, durante a castração, o médico veterinário responsável retira todos os órgãos desse sistema.

Alguns dos sintomas do câncer em fêmeas, como mama, útero e colo do útero, podem ser parecidos com o de próstata. Eles incluem perda de apetite e peso, secreção vaginal e presença de tumor na região das mamas.

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