Um intenso ciclone, denominado de ‘Chido’, atingiu o Norte do Moçambique no fim da semana passada, deixando para trás um rastro de destruição e mortes, além de afetar mais de 620 mil pessoas, segundo informações do Instituto Nacional de Redução e Gestão de Riscos de Desastres do país, divulgados neste domingo (22).
Segundo o governo de Moçambique, até o momento foram registradas 94 mortes, 768 feridos e 1.350 desabrigados.
De acordo com informações das autoridades locais, o ciclone atingiu Moçambique no dia 15 de novembro e trouxe em seu bojo ventos de até 260 km/h, além de 250 milímetros de chuva em apenas 24 horas. Ruas foram inundadas e casas e estabelecimentos comerciais alagados.
O ciclone destruiu e/ou danificou seriamente cerca de 140 mil casas, 52 centros médicos e 250 escolas, além de 89 edifícios públicos, 338 torres de alta tensão, 11 postes de telefonia móvel e fixa e 2.700 km de linhas de energia.
O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, decretou dois dias de luto nacional em homenagem as vítimas. Ele visitou o Distrito de Mecúfi, em Cabo Delgado, o mais devastado pelo ciclone.
“A prioridade que estabelecemos para nós mesmos é o restabelecimento imediato da energia elétrica, porque isso ajudará a resolver o problema da distribuição de água, das comunicações e até da assistência aos doentes“, disse Nyusi durante uma reunião com o governo local.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas mudanças climáticas que ocorrem em todo o mundo.
O país vem sofrendo uma onda de ciclones tropicais, que provocam alagamentos e inundações, deslizamentos de terra e chuvas torrenciais.
Embora o ciclone Chido tenha se dissipado um pouco ao se aproximar de Zimbábue, os danos à região podem aumentar significativamente nas próximas horas.
Com informações das Agências Brasil e Estado