LEAAN explode em criatividade lírica com o álbum “Rapadura”

LEAAN explode em criatividade lírica com o álbum “Rapadura”, que embala reflexões de um estrangeiro em sonoridade Folk eletrônica com influências de Funk e Dance Music. O Cantor brasileiro, residente em Nova Iorque, atinge maturidade musical e poética em álbum que chega às plataformas musicais dia 18 de março.

Enquanto alguns desavisados insistem em gritar aos quatro cantos do mundo que a música brasileira acabou, o país segue entregando o melhor de sua produção musical através de artistas independentes ou selos alternativos. É na primeira opção que se encaixa LEAAN e seu álbum, o intitulado “Rapadura”, produzido pelo capixaba Louzada, lançado hoje, terça-feira, 18 de Março, nas principais plataformas digitais. (Ouça aqui). Uma festa de lançamento acontecerá no dia 29 de Março no Bar Goyana (East Harlem), NY, um bar brasileiro que marcou a vida do artista.

O cantor brasileiro Leaan / Créditos: Lucas Miguel

“Rapadura” começou a tomar forma em 2022, após o cantor e compositor se mudar para Nova Iorque. Na cidade, mergulhou ainda mais no universo da música pop/urbana mundial, fundindo essas influências com a excelência da produção de batidas afropop, eletrônicas e MPB de artistas como Tuyo, Mahmundi, Duda Beat, Jão e Melly. Mineiro e imigrante, enfrentou desafios, mas soube saborear as doçuras da vida. Em um desses momentos, ao observar um prédio de tijolos marrons — que, inclusive, estampa a capa do álbum —, veio-lhe à mente a imagem de uma rapadura na cozinha da avó. Assim nasceu o título do disco, que também reflete a essência do projeto ao remeter ao ditado popular: “Rapadura é doce, mas não é mole não”.

Eu acho que o projeto tem essa personalidade que destoa do mainstream, mas ao mesmo tempo flerta um pouco com ele, porque afinal de contas eu cresci consumindo toda essa cultura pop nacional e internacional e tenho o maior prazer de me inspirar em ambas. Penso que o Brasil está cheio de artistas incríveis que oferecem pontos de vistas e abordagens sonoras muito interessantes e com o “Rapadura” eu gostaria de oferecer a minha perspectiva de como eu me relaciono com o mundo”, conta o artista.

“Como se o Céu Fosse Oceano” abre muito bem o disco, apontando as ambições e reflexões do eu-lírico: “Como se o céu fosse oceano/ Eu mergulho nessa vista/da nossa juventude que não volta mais”, canta LEAAN nos versos iniciais. O artista conta que o álbum fala sobre “um ciclo diário, mensal ou anual das nossas vidas” e a faixa de abertura sintetiza bem isso.

‘“Como se o Céu Fosse Oceano” é a faixa que fala sobre deixar uma vida para trás para se iniciar uma nova, mas com muito carinho e sem esquecer de onde viemos. Além de ser uma homenagem a um curta metragem muito bonito realizado por amigos que ocupam um espaço muito importante na minha vida. O filme foi lançado em 2018 e tem o mesmo título da faixa”, conta LEAAN.

O álbum conta com a parceria de Emanuel Fip na dançante “Pagar pra Ver”. Fip traz o Rap para o universo das pistas de dança de LEAAN. Os artistas se conheceram em Newark, NJ e a admiração mútua resultou na canção que promete figurar em playlists de remixes do Spotify.

Capa “Rapadura” com o cantor Leaan / Crédito: Divulgação

A gente sempre falava em fazer algo juntos, mas nunca saía do papel. Como eu sou uma pessoa que adora desafiar os outros, eu o propus gravar uma faixa totalmente fora do que ele costuma fazer e ele não pensou duas vezes. Entrou nessa comigo e gravamos tudo em algumas horas. “Pagar Pra Ver” é uma faixa bem enérgica que me lembra muito a vivacidade e o vigor jovial dos trabalhos noventistas da Madonna. É uma das minhas favoritas”, relata.

A viagem sonora de LEAAN segue por estilos como o funk brasileiro em “Eu Tô Demais”, de baladas acústicas acompanhadas por programação eletrônica (“Lavanda”) e um esmero muito bem-vindo nas letras. “Eu cresci ouvindo música urbana tanto brasileira quanto internacional. A música eletrônica ou outros gêneros feitos de forma analógica funcionam como oxigênio pra mim, mas a música orgânica oferecida pela nossa cultura brasileira faz parte de quem eu sou, da minha raiz mineira. Então com o “Rapadura” eu quis trazer essa mescla”, explica.

Eu e meu produtor, Louzada, também brasileiro, debatemos muito sobre como equilibrar brasilidade e batidas eletrônicas. Vocês poderão ouvir essa construção nas faixas “Como se o Céu Fosse Oceano”, “Muita Calma Nessa Hora”, “Lavanda”, “Receita Pra Continuar e “Pega Ladrão (Corre Corre)”, que trazem alguns instrumentos brasileiros bem marcantes como o pandeiro, berimbau, cuíca e instrumentos de percussão.

Trailer do audiovisual de “Rapadura

Além de Louzada, “Rapadura” conta com o baterista e percussionista Jony Zyon na faixa “Muita Calma Nessa Hora”. Na bonita e delicada “Baby Blue” o compositor e guitarrista Samuca Moretti foi o responsável pelo dedilhar singelo do violão. Todas as faixas são compostas pelo próprio LEAAN.

Sobre a experiência que ele espera que as pessoas tenham ao ouvir o álbum, o artista é direto: “Quero que elas entendam que existe um corpo, uma história a ser ouvida, entendida e absorvida, pois é o verdadeiro intuito do trabalho. Honestamente eu só espero que as pessoas se abram para o que eu tenho a oferecer”.

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