Empreendedores participam de edital de Economia Criativa lançado pela Fundação de Cultura

Foto: Edemir Rodrigues/FCMS

Foto: Edemir Rodrigues/FCMS

Campo Grande (MS) – Acontece na manhã desta terça-feira (2), no auditório do Museu da Imagem e do Som (MIS), a oficina para explicar e esclarecer dúvidas acerca do edital de Economia Criativa lançado pela Fundação de Cultura de MS.

O edital foi lançado em 4 de janeiro de 2016 e está aberto até 3 de março para projetos de economia criativa que visem obter apoio financeiro da Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei). Serão concedidos recursos no total de 250 mil reais para apoio de até cinco projetos individuais e dez projetos coletivos, sendo aprovada uma lista de espera para eventuais desistências e/ou cancelamentos.

É considerada economia criativa o conjunto de atividades culturais, econômicas e de gestão de negócios que se originam no conhecimento, criatividade, no capital intelectual individual ou coletivo focadas em processos, produções de bens e serviços para a geração de trabalho e renda.

A oficina esclarece aos presentes os objetivos do edital, como o fortalecimento da economia criativa na área da ciência, cultura e turismo sul-mato-grossense, que tem como princípios norteadores a diversidade cultural, sustentabilidade, empreendedorismo, inovação e inclusão social.

Outro objetivo é estimular, valorizar e fomentar empreendimentos criativos no Estado de Mato Grosso do Sul, tendo em vista o desenvolvimento social, cultural, turístico, econômico e artístico, bem como a inovação, a sustentabilidade e a geração de renda dos empreendedores individuais ou grupos sociais.

Segundo a gestora de Economia Criativa da Sectei e ministrante da oficina, Cláudia Medeiros, a diferença do edital de economia criativa para outros editais é que desenvolve processos de incubação em rede de cooperação com as universidades e centros de pesquisa do Estado.

As propostas devem incluir projetos inovadores que tragam benefícios ou ganhos em qualquer etapa produtiva: criação, produção, distribuição, circulação, difusão, consumo e fruição de produtos, bens e serviços.

Um dos participantes da oficina, o estudante de História Leonardo Rosales, de Três Lagoas, possui um projeto para fomentar a cultura brasileira pela venda de artesanato. São peças regionais, indígenas ou quilombolas com algum aspecto peculiar brasileiro. “Trata-se de um e-commerce, uma plataforma de venda pela internet, além de um blog com música, fotografias e vídeos para divulgar a cultura brasileira. “Estou fazendo a oficina para ver se o projeto se enquadra nas exigências do edital. Eu seleciono os artistas das peças artesanais para expor no site, que funciona como uma vitrine para expor o artesanato brasileiro”.

Jussara Mendes Ferreira e Nádima do Nascimento Adão vieram de Maracaju para participar da oficina. Ambas trabalham na Fundação de Cultura do município e vieram obter conhecimento para desenvolver projetos em sua cidade. “Tem muito da cultura local que precisa do auxílio financeiro para se desenvolver, como dois empreendedores de Vista Alegre e Maracaju, que plantam e colhem a erva mate no método antigo e tradicional de produção da erva de tereré; tem a associação dos produtores da linguiça de Maracaju, que estão fazendo um estudo técnico da produção; os produtores de artesanato indígena da aldeia Sucuryú e do quilombo São Miguel”, explica Jussara.

A artesã, professora de artesanato e design Isabel Muxfeldt, de Campo Grande, expôs sua experiência como produtora de joias do pantanal feitas de chifre lapidado, que lhe rendeu o Prêmio Mulher Empreendedora do Sebrae em 2007, em nível estadual e nacional. Isabel também foi finalista, em 2011, para representar o Brasil no Prêmio Empretec Women in Business Award. “Eu vim participar desta oficina por causa dos meus alunos de Anastácio, para fomentar o grupo como um núcleo de produção de economia criativa. O instituto RessoArte começou em 2014 e já está comercializando as peças feitas com material reaproveitado. Agora estão produzindo pulseiras masculinas com sobras de couro das selarias de Anastácio. Buscamos utilizar materiais que refletem a cultura da região”.

As inscrições para o edital de Economia Criativa vão até 3 de março de 2016. Mais informações bem como acesso aos editais no site http://www.sectei.ms.gov.br/?page_id=241. Superintendência de Economia Criativa: 3316-9326.

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