Más condições de estrada geram perda de 320 hectares de soja no sul de MS

Estrada vicinal localizada no município de Amambai (MS) – Foto: Divulgação

Estrada vicinal localizada no município de Amambai (MS) – Foto: Divulgação

Em Amambai, no sul do Estado, 320 hectares de lavoura de soja estragaram e não serão colhidos devido à situação da estrada de acesso à propriedade. Segundo o engenheiro agrônomo Jaime José Helmich, nenhum caminhão consegue escoar a produção porque as chuvas destruíram a via e, agora, funcionários de uma fazenda da região precisa recuperar a pista ao invés de trabalhar na colheita.

Soja podre – “São cerca de 10 quilômetros de estrada intransitável. Juntamos algumas pessoas e máquinas para tentar arrumar a estrada e conseguir tirar a soja que já está podre. O prejuízo é grande e certo”, conta Jaime, que trabalha na Fazenda Sperafico.

Na extensão da via existem várias propriedades, mas a maior parte é de criação de gado, que também perdem com a situação, pois deixam de retirar gado da fazenda devido às condições da estrada. A esperança, agora, é conseguir aproveitar o grão pra, pelo menos, transformar em ração”, detalha Jaime.

Situação precária – O agrônomo ainda explica que a estrada apresenta desnível em relação às áreas rurais e, devido à uma cerca que existe em um dos lados da pista, não é possível construir desvios para as águas pluviais. Em 15 anos trabalhando com cultivo de grãos, nunca viu uma colheita não acontecer por falta de estrada para escoamento.

“Mesmo com a chuva, íamos colher o grão e os prejuízos não iam ser grandes assim. Mas, exclusivamente por causa da estrada, perdemos todos os 320 hectares”, afirma o engenheiro agrônomo.

Outras dificuldades – Segundo Jaime, o manejo da cultura também foi difícil por causa das condições das estradas. Durante todo o período de desenvolvimento do grão não foi possível utilizar pulverizador, apenas avião.

“Tudo isso é muito triste. Todo mundo perde, a empresa sofre prejuízo, os funcionários perdem tempo de trabalho e o município também perde. Isso mexe até com nosso emocional. De todas as formas, perdemos. Nós plantamos, cuidamos, aí chega na hora da colheita e não conseguimos colher… É triste”, finaliza.

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