A necessidade em garantir alta produtividade e ao mesmo tempo contribuir para a redução do desmatamento e a queda da emissão de gases de efeito estufa exige do agricultor soluções eficazes. Seria realmente possível atingir alta produtividade com sustentabilidade? Este será um dos temas do Dia de Campo que envolve a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Ipameri (GO), organizado pela Fazenda Santa Brígida nesta sexta-feira (08). Serão apresentados para cerca de mil pessoas cases de sucesso de agricultores brasileiros que conseguiram superar com folga as médias nacionais, sem deixar de lado a preocupação ambiental.
A intensificação da sustentabilidade na visão do produtor rural será apresentada por uma das vencedoras do Desafio de Máxima Produtividade da Soja, promovido pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), a agricultora, engenheira agrônoma e mestre pela Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tokio (Nokodai), Elizana Baldissera Paranhos, de Capão Bonito (SP), que atingiu a terceira maior produtividade da soja do Brasil, somando 122,99 sacas por hectare.
“Vamos participar de uma mesa redonda com outros produtores na qual discutiremos o que cada um faz para aumentar a produtividade”, destaca Elizana, ao afirmar que para suprir a demanda por alimentos, alguns fatores são essenciais. “Realizar ajustes finos no manejo e sempre estar atualizado, participando de simpósios e palestras, adquirindo conhecimento, são alguns dos principais desafios para o produtor que pretende produzir mais, enfatiza a agricultora, que faz um manejo intensivo produzindo também milho, trigo e feijão na propriedade que administra no Estado de São Paulo.
De acordo com o supervisor de implementação e programação da transferência de tecnologia da Embrapa e também integrante do CESB, Sergio Abud, o evento contará com cases de produtores com perfis de manejo diferentes, mas que se complementam. Durante a reunião, cada agricultor mostrará que é possível obter produtividades altas manejando a lavoura de forma sustentável. “Será ressaltado não somente o aspecto econômico, mas principalmente o aspecto ecológico, ambiental e também social”, salienta Abud.
No evento serão apresentados também resultados de agricultores a partir da intensificação de cultivos, por meio da utilização de plantas por cobertura, por exemplo. “A partir dessa prática é possível melhorar muito as qualidades físicas, químicas e biológicas do solo e também da parte aérea” conta Abud, ao destacar a iniciativa como decisiva para alcançar médias de produtividade acima de 90 sacas por hectare. Ainda segundo a Embrapa, a intensificação sustentável do uso da terra em áreas agrícolas e o aumento da eficiência dos sistemas de produção podem contribuir para harmonizar os interesses em produzir mais, conservando os recursos naturais.
Sobre o CESB
O CESB é uma entidade sem fins lucrativos, formada por profissionais e pesquisadores de diversas áreas, que se uniram para trabalhar estrategicamente e utilizar os conhecimentos adquiridos nas suas respectivas carreiras e vivências, em prol da sojicultura brasileira. O CESB é qualificado como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), nos termos da Lei n° 9.790, de 23 de março de 1999, conforme decisão proferida pelo Ministério da Justiça, publicada no Diário Oficial da União de 04 de dezembro de 2009.
Atualmente, o CESB é composto por 19 Membros e 16 entidades patrocinadoras: Syngenta, BASF, Bayer, Stoller, TMG, Monsanto, Sementes Adriana, Agrichem, UPL do Brasil, Jacto, Mosaic, Aprosoja MT, Produquímica, Instituto Phytus, DuPon e Timac Agro
*Uma OSCIP é pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, voltada ao alcance de objetivos sociais e tem necessidade de prestar contas.
Fonte: Rica Comunicação