O turista de aventura deixa 90% do recurso financeiro no município que visitou, apontou Shannon Stowel, presidente da Adventure Travel Trade Association (ATTA), durante o Seminário Internacional de Ecoturismo e Turismo de Aventura, realizado pelo Bonito Convention & Visitors Bureau, Embratur, Sebrae e Prefeitura Municipal de Bonito. “Diferente de um visitante que vai para um Resort ou mesmo para um cruzeiro, quando 10% fica no destino”, explicou.
A preocupação com o desenvolvimento humano e com a preservação ambiental estão ligadas ao ecoturismo e ao turismo de aventura. Stowel explicou ainda que esse tipo de visitante consome dos empreendimentos de pequeno porte na cidade, por isso, o recurso fica no município que estabelece esse tipo de turismo. Outro benefício desse segmento é que empodera as mulheres, promove a educação ambiental e mantém a população jovem dentro das cidades, uma vez que há geração de emprego, por meio do turismo.
A América do Sul é um dos continentes que tem maior possibilidade de explorar o ecoturismo e o turismo de aventura no mundo. O presidente da ATTA apontou a região como a primeira em ascensão para este tipo de turismo. Ele apresentou essas informações durante o Seminário Internacional de Ecoturismo e Turismo de Aventura, em Bonito. A ATTA é a maior entidade desse segmento no mundo, tem mais de 1.100 operadores de turismo associados e tem uma capilaridade com mais de 20 mil pessoas ligadas ao turismo.
Stowel liderou no Pantanal e em Bonito o Adventure Travel Pantanal & Bonito, um evento que trouxe 15 operadores de turismo e 5 jornalistas ligados ao segmento. Conforme o presidente, o turismo de aventura e ecoturismo movimentou 265 bilhões de dólares em 2015. “É uma grande oportunidade de mercado. Cerca de 40% dos viajantes, faz um passeio ligado ao turismo de aventura”, apontou.
Desmistificar o que é turismo de aventura também é importante para a ATTA. Stowel explica que pode ser desde uma caminhada a observação de pássaros. “Temos três tipos de turistas desse segmento: os curiosos, os aventureiros e os entusiastas. Os curiosos não viajam para fazer determinada atividade, mas se a agencia oferecer, ele pode ficar interessado e participar. Já o aventureiro, é mais jovem, viaja para fazer várias atividades ligadas à rafting, caiaque, ciclismo. E o entusiasta, viaja até mesmo fora de temporada. É aquele que, por exemplo, é observador de pássaros. É um turista focado”, comentou.
“Roteiros customizados”, resumiu Stowel. Segundo ele, esse turista gosta de sentir-se especial e quer adequar ao passeio ao que ele gosta de fazer. O presidente ainda comentou que 80% dos participantes do Adventure Week não conheciam o Brasil. Um deles, antes de chegar disse que não vendia o destino porque simplesmente não conseguia diferenciar um País do outro. Agora, para ele vai ficar mais fácil apontar o destino para seu cliente.
Fonte: Sato Comunicação