Cimi aponta que campanha contra produtor de MS não foi feita por ela

A campanha publicitária que colocou as commodities agrícolas produzidas com o sangue das crianças indígenas em Mato Grosso do Sul não foram produzidas pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Pelo menos foi o que defendeu o secretário executivo da entidade, Cleber Buzatto, nesta quarta-feira, dia 20, durante a reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga se o Cimi incentiva e ou financia as invasões de propriedades privadas no estado.

O deputado estadual Paulo Correa (PR), relator da CPI, lembrou que a campanha ficou no site da entidade e também em suas midias sociais até que questionamentos da própria igreja fizeram com que a entidade abandonasse a campanha. “Foi colocada na campanha que todos os produtores rurais, todos, produziam à custa do sangue de crianças indígenas e isso causou um dano muito grande a imagem do produtor rural de Mato Grosso do Sul”.

Correa questionou se Buzatto concordava com a campanha. O secretário-executivo respondeu que “pelo que tinha conhecimento, a proposta da campanha trazia informações relativas aos contextos de violência, vulnerabilidades vividas em Mato Grosso do Sul, devido inclusive a produção de commodities e tinha que chegar ao conhecimento das autoridades e cidadãos desses países compradores. Nós apoiamos a campanha de boicote”, comentou, informando posteriormente que respeitaram a decisão dos bispos para encerrar a campanha.  O deputado estadual relembrou que esse tipo de campanha acaba incitando as divisões.

O relator da CPI lembrou do prejuízo que a campanha teve aos produtores rurais de Mato Grosso do Sul.

Ausências

O advogado do Cimi, Luiz Henrique Eloy, justificou sua ausência novamente a CPI. A indígena Valdelice Veron da Aldeia Taquara do município de Juti também não depôs. O interprete não conseguiu chegar para participar da oitiva. Valdelice que fala fluentemente o português se negou a depor no idioma. Ela lembrou que tinha direito de falar em sua língua. A presidente da CPI, a deputada estadual Mara Caseira, ainda insistiu no sentido de contribuir com a investigação, mas a indígena se negou a prestar esclarecimentos em português.

Fonte: Sato Comunicação

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