A Geely Motors não está mais entre o grupo de marcas automotivas que atuam no Brasil. O mais interessante é que a marca “abandona o barco” cerca de dois anos depois de aparecer por aqui e logo um mês após fazer uma estreia cheia de ameaças que pretendia afetar outros nomes já conhecidos e virar a “opção” chinesa mais popular em atuação no país. A notícia foi confirmada por diversos sites de notícia durante a realização do Salão de Pequim 2016.
Em um comunicado dado para um site especializado no setor aqui do Brasil a Geely reafirmou a decisão e disse que o fato está de acordo com as exigências da matriz na China. Porém, a companhia destaca que apesar de estar saindo do Brasil essa saída é temporária e que a medida tem como principal motivo a dificuldade encontrada pela empresa para atuar no Brasil devido a alta do dólar. O grupo garantiu que irá retornar.
Essa decisão da marca em termos gerais não irá de fato ser tão sentida. Isso observando o aspecto de que a montadora possui apenas dois produtos para o mercado brasileiro: O sedã EC7 e subcompacto GC2 que foi apelidado de “panda”. Para se ter ideia da representatividade da empresa é só ressaltar o fato de que ela nem seque aparece na lista da Fenabrave e claro, isso devido ao número insignificante nas vendas.
Vamos ver isso em alguns números: O EC7 foi lançado em março de 2014 e só conseguiu emplacar 473 unidades. Algo em torno de 20 carros por mês. Já sobre o GC2 não existem sequer dados estatísticos.
No meio disso tudo temos uma curiosidade: A Geely dentre todas as fabricantes chinesas era aquela que mais condições possuía para atuar no país e se dar bem. A marca conseguia escapar das cotas altas do IPI do Inovar-Auto graças a sua linha de montagem ter como base o Uruguai. Por esse fato, o GC2 conseguiu ir até o final pelo preço de R$29.900.
De qualquer maneira a marca foi mal divulgada no país e sua rede nem chegou a ter mais de 25 concessionárias.