Análise do GP da Rússia de Fórmula 1

Foto: Divulgação

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É sério, deu Rosberg mais uma vez. Esta é a quarta vitória seguida do alemão, 100% de aproveitamento na temporada com 100 pontos em 4 corridas. Somando-se os três triunfos no final da temporada 2015, Rosberg alcança 7 vitórias consecutivas, igualando o record de seu compatriota Michael Schumacher. E quem poderá vencer Rosberg? Ao que tudo indica, o nome dele é Lewis Hamilton, mas merece um parágrafo exclusivo.

Na primeira corrida, Austrália, Hamilton fez a pole. Mas o encanto acabou na largada, com uma saída ruim o suficiente para deixá-lo bem longe de Rosberg. No Bahrain, outra pole de Hamilton, outra largada ruim e outro resultado ruim. Na China, Hamilton teve um misterioso problema no ERS e sequer fez a qualificação, largando em último. Por fim, na Rússia, o mesmo problema do ERS voltou a assombrar Hamilton, que não classificou no Q3 e largou em décimo. Com isso, seu segundo lugar na corrida foi até notável, mas não foi o suficiente para alcançar Rosberg, que está confortável com 43 pontos à sua frente.

Raikkonen fez uma corrida consistente, sem falhas, e chegou a um terceiro lugar, garantindo um pouco de alegria à Ferrari, que teve que assistir Vettel ser tirado da corrida por um descuidado Kvyat. Apesar de ter garantido o pódio, a diferença de desempenho da Mercedes para a Ferrari continua deixando claro quem deve dominar o campeonato.

A Williams melhorou um pouco seu rendimento, mas mesmo com o quarto (Bottas) e quinto (Massa) lugares, os pilotos da equipe inglesa não tinham carro para acompanhar Mercedes e Ferrari. Em compensação, Massa conseguiu abrir tanta distância do restante do grid que se deu ao luxo de fazer um pit stop a mais, colocando um jogo de pneus supermacios no final para dar algumas voltas mais rápidas. Não fez diferença no resultado, talvez tenha ajudado apenas no psicológico do brasileiro, ou evitado um furo de pneu no final.

Logo atrás das Williams veio Alonso, em sexto lugar, um resultado e tanto para a McLaren, e principalmente para o espanhol, que ficou bem à frente de seu companheiro Jenson Button (décimo). Não foi um desempenho de cair o queixo, mas finalmente o motor Honda parece capaz de garantir uma velocidade aceitável em retas e uma aceleração suficiente para manter a concorrência longe. Button, por sua vez, travou um belo duelo com Sainz (STR) no final, reforçando o bom final de semana para a equipe inglesa.

Magnussen chegou em sétimo lugar, marcando pontos importantes para a inconstante Renault, equipe que ainda não decidiu se vai andar no pelotão intermediário ou no fim do grid. Justiça seja feita, talvez o bom resultado de Magnussen tenha sido devido aos infortúnios da Force India durante o GP, mas pontos são pontos e isso é o que importa. Por falar em pontos, Palmer chegou em décimo terceiro e não marcou nenhum pontinho para a francesa Renault.

Adivinha quem voltou a marcar pontos? Ele mesmo, Romain Grosjean com a Haas, garantindo o sorriso da equipe yankee. E sorte que a equipe pode contar com o consistente (quem diria) Grosjean, pois Gutierrez se imaginou em uma pista de boliche e causou uma verdadeira confusão no início da prova, tirando Hulkenberg (Force India) e Haryanto (MRT) do mapa. Ele continuou correndo, mas não conseguiu nada melhor do que um décimo sétimo lugar.

Sergio “Checo” Perez teria colocado sua Force India em uma posição melhor no grid, não fosse pelo pneu furado logo no começo da corrida. Mas sua consistência em Sochi permitiu ao mexicano chegar em nono lugar. E por falar em infortúnios no começo da corrida, outro prejudicado foi Ricciardo, que chegou apenas em décimo primeiro com sua RBR, que além de ter sido prejudicado com uma troca de asa dianteira, também fez uma estratégia errada ao colocar pneus médios na primeira volta imaginando que poderia ir até o final. Os pneus médios se revelaram muito lentos, e só com o jogo de pneus macios no final para Ricciardo beliscar a zona de pontos, sem sucesso. Já seu companheiro, Kvyat (décimo quinto), foi a vergonha da corrida, e deve estar se escondendo de Vettel até agora.

Carlos Sainz Jr. (STR) estava levando um passeio de Max Verstappen, mas talvez isso estivesse lhe dando ânimo para permanecer na zona de pontuação. Com o abandono de Verstappen, Sainz parece ter relaxado e sofreu várias ultrapassagens no fim da prova, chegando apenas no décimo segundo lugar. Péssimo final de semana para a STR.

A Sauber continua passando vergonha, mas pelo menos conseguiram andar melhor do que a MRT em Sochi, garantindo um décimo quarto lugar para Ericsson e um décimo sexto para Nasr. Muito ruim para a equipe que começou 2015 marcando pontos. E o brasileiro Nasr, por sua vez, parece estar completamente desmotivado, pois amarga resultados piores que o companheiro de equipe desde que a temporada começou.

Por fim, a MRT continuou sendo a MRT que já conhecemos, sem nenhum milagre ocorrendo durante a prova. Bom apenas para o sub-aproveitado Wehrlein, que pelo menos terminou a prova em décimo oitavo e último lugar, o único carro a ficar duas voltas atrás do líder, com uma parada a mais nos boxes por causa do desgaste de pneus.

Conforme prometido em nossa primeira edição, segue a atualização do EST (Expectativa de Sucesso na Temporada).

Mercedes: EST 9,9 de 10 (+ 0,1)

Ferrari: EST 8,8 de 10 (- 0,2)

Williams: EST 7,4 de 10 (+ 0,2)

RBR: EST 6,5 de 10 (- 1,5)

STR: EST 5,4 de 10 (- 1,0)

Haas: EST 5,0 de 10 (+ 2,0)

McLaren: EST 4,5 de 10 (+ 1,5)

Renault: EST 4,0 de 10 (+ 1,5)

Force India: EST 2,0 de 10 (+ 0,0)

MRT: EST 0,1 de 10 (- 0,4)

Sauber: EST 0,1 de 10 (- 0,4)

Fonte: Car Point News

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