Zootecnista: um profissional para criar, manejar e melhorar a genética dos rebanhos brasileiros

Foto: Divulgação

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O Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de maiores produtores de carne bovina do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso do Sul tem hoje mais de 21 milhões de cabeças de gado. A força da agropecuária brasileira também está em outros setores como suinocultura, avicultura, caprinocultura e, ao longo dos anos, ganha cada vez mais destaque mundialmente.

O zootecnista contribui para o avanço do setor agropecuário na produção animal e está presente na criação, manejo e melhoria genética dos rebanhos brasileiros. Pensando nisso, em 2016, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul (CRMV/MS) trazem como tema da campanha do Dia do Zootecnista a importância do profissional na criação, manejo e melhoria genética dos rebanhos brasileiros. Com dedicação, pesquisas e uso de novas tecnologias, o profissional torna possível o aumento da produtividade, garantindo o bem-estar animal e a sustentabilidade no campo.

Estão registrados no Sistema CFMV/CRMVs cerca de 8.800 zootecnistas. No CRMV/MS, são 546 profissionais registrados.

Atualmente, 4 universidades de MS oferecem o curso de Zootecnia. São elas: Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e Universidade Federal de MS (UFMS).

Para reforçar a atuação do zootecnista, o CRMV/MS compôs, este ano, a Comissão Estadual de Ensino da Zootecnia, formada pelos coordenadores do curso das quatro universidades citadas acima. “A Comissão irá debater assuntos e propor ações que visem a melhoria da profissão no Estado”, explica o Presidente do CRMV/MS, João Vieira de Almeida Neto.

“Os zootecnistas são fundamentais no setor agropecuário de MS. Para atuar, estes profissionais, obrigatoriamente, têm que estar inscritos no CRMV, assim como outras profissões em seus Conselhos, fortalecendo a importância de seu trabalho perante a sociedade”, enfatiza.

Melhoramento genético

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a utilização de genética avançada e o manejo de pastagem foram os maiores responsáveis pela evolução do setor pecuário. O estímulo ao confinamento, a recuperação de pastagens e a aquisição de matrizes e reprodutores de genética comprovada constam, por exemplo, em linhas específicas dos planos do governo de incentivo à produção agropecuária. Tanto trabalho e dedicação também refletem na economia brasileira, em especial na balança comercial do agronegócio e no Produto Interno Bruto (PIB) do País. Atualmente o agronegócio é responsável por cerca de 22% do PIB brasileiro, de acordo com o Ministério da Agricultura.

Manejo alimentar

A obtenção de um padrão de produção e comercialização, garantindo a rentabilidade dos rebanhos, se deve não só ao melhoramento genético, mas também ao manejo alimentar. Levando em conta os hábitos do animal, as condições climáticas e o manuseio do alimento, o objetivo é garantir aos animais uma nutrição adequada para seu crescimento e desenvolvimento, com a utilização de alimentos de qualidade e nas quantidades corretas.

Para garantir que tais condições sejam alcançadas, o zootecnista desenvolve suplementos alimentares e pesquisa as necessidades nutricionais do rebanho. Tudo isso feito de forma ética e sustentável.

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