Reconhecido como referência na região Centro-Oeste na área oftalmológica e na América Latina no tratamento de hanseníase, o Hospital São Julião de Campo Grande, completa nesta sexta-feira, 5 de agosto, completa 75 anos. Hoje dispõe de moderna estrutura física, com equipamentos de última geração que proporcionam o que há de melhor e mais atualizado na terapêutica, prevenção e reabilitação da hanseníase e outras alterações dermatológicas. E realiza procedimentos oftalmológicos e cirurgias ambulatoriais, com atendimento a patologias clínicas.
Porém nem sempre teve essa estrutura. O Hospital São Julião tem sua origem num programa do Governo Federal, que em 1941 instalou 36 asilos-colônia para isolar pacientes portadores de hanseníase. Nessa época prevalecia o medo e o preconceito, por falta do entendimento sobre a doença. Já nos seus primeiros anos, o asilo-colônia São Julião foi relegado ao abandono, e situação dos pacientes eram lastimáveis e as condições físicas deploráveis, semelhantes a um depósito de doentes, apresentando um quadro desolador.
A partir de 1969, voluntários italianos da Operação Mato Grosso passaram a trabalhar no antigo leprosário e participaram do processo de recuperação física e social do São Julião. Formou-se então uma associação com benfeitores para dirigir e manter as atividades do hospital.
Hoje o padrão de qualidade no atendimento é a marca do São Julião e resulta da solidariedade e do respeito à vida, por meio de inúmeros colaboradores e dos esforços do seu corpo clínico e equipe de saúde. A estrutura do São Julião engloba 70 construções espalhadas por 200 hectares, empregando 340 funcionários e oferecendo para a população 130 leitos e um centro cirúrgico com seis salas operatórias, com 90% dos atendimentos realizados pelo SUS. O hospital tem o reconhecimento do Ministério da Saúde pela assistência a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), recebendo prêmio de qualidade hospitalar na região centro-oeste.
Seus serviços são considerados imprescindíveis para a recuperação dos pacientes com hanseníase e o atendimento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional estende-se a outros pacientes. Dispõe de Oficina Ortopédica especialmente direcionada à produção e adaptação de calçados e palmilhas especiais. Para agilizar a assistência médica ambulatorial e os serviços cirúrgicos do São Julião, foi integrada à sua estrutura funcional a unidade para exames laboratoriais, anteriormente realizados fora da instituição. Além de viabilizar diagnósticos, facilita o controle das condições sanitárias do complexo hospitalar.
No São Julião, além da assistência à saúde, há um comprometimento com a integração e o bem-estar da comunidade interna e da externa. Sua estrutura operacional conta com as seguintes unidades: O atendimento à educação infantil é feito por uma creche destinada a filhos de funcionários. No setor religioso o Hospital tem a Capela como ponto de referência e dispõe de locais para cultos evangélicos e de crença espírita. No lazer, a prática desportiva e outras atividades são oferecidas na quadra de esportes da instituição.
FESTIVIDADE
As comemorações do aniversário começaram com uma apresentação da banda da Polícia Militar, em seguida teve uma missa oferecida para os pacientes e funcionários. Na programação incluiu almoço, atividades culturais e de integração, envolvendo dança, campeonato de pipas, além da inauguração da mostra Zumelho e Villachá.
Para Amilton Fernandes Alvarenga, diretor administrativo, o importante agora é celebrar algo diferente de quando começou e que, ainda hoje, o hospital mantém como principal diferencial seu foco na humanização. “Há 70 anos atrás aqui só se cuidava de pessoas. Hoje temos três residências médicas e convênio com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Pretendemos futuramente até mesmo instalar um museu para contar essa história”, ressalta Alvarenga.
Beatriz Dobashi, diretora presidente da instituição se mostrou feliz com o resultado alcançado nesses 75 anos de história. “Isso foi fundamental para transformar um local de sofrimento em lugar de vida que, para nós, também é um caminho de esperança”, afirmou Beatriz. Ela conheceu a unidade em 1968, quando ainda era estudante do Ensino Médio e ao ver a forma como as pessoas eram tratadas no passado, quase abandonadas no asilo-colônia, teve a motivação para seguir na carreira médica e ingressar no quadro de profissionais em 1975. O único intervalo nesse período foi quando assumiu a secretaria de saúde tanto do munício quanto do Estado.
Homenageado
Lino Villachá
Lino Villachá tornou-se símbolo da resistência e coragem entre os mais de cinco mil hansenianos que passaram pelo São Julião. Aos 12 anos viu o bacilo da hanseníase atingir sua família e junto com seus pais e três dos cinco irmãos passou a viver no confinamento da então colônia.
Ali cresceu e fomentou a integração entre os internos ao organizar competições esportivas e eventos artísticos, destacando-se em seu trabalho como professor, diretor da escola e auxiliar na administração hospitalar. Ao falecer, em julho de 1994, Lino Villachá deixou um legado de fortaleza interior expressa em poemas.
Entenda a doença
O que é Hanseníase?
A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa causada por um bacilo denominado Mycobacterium leprae. A hanseníase não é hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada.
Sintomas de Hanseníase
Os sintomas da hanseníase incluem: Sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor; caroços e placas em qualquer local do corpo; diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).
Tratamento de Hanseníase
A hanseníase tem cura. O tratamento é feito nas unidades de saúde e é gratuito. A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico. O tratamento da hanseníase é via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos e é denominado poliquimioterapia.
SOU DE BARRA DO GARCAS,MT. E EM MINHA AREA TEM MUITO EVIDENCIA DESTA DOENCA HANSEANISE, TENHO UM VIZINHO QUE O ESTADO DELE E MUITO GRAVE, ENTAO GOSTARIA DE SABER COMO POSSO AJUDAR PARA ELE IR TRATAR AI, PQ SEI A 50 ANOS QDO ERA CRIANACA O SR ALCIDES ESTAVA COMO ELE E TRATOU AI. OBRIOGADO AGUARDO A RESPOSTA PELO MEU EMAIL WHITEGREENLUIS@HOTMAIL.COM OU TELEFONE 066 34016871 CEL 66992812460