Mesclando gerações, Som da Concha traz Os Alquimistas e Jerry&Barbados

Jerry&Barbados – Foto: Monique Zuanazzi

Jerry&Barbados – Foto: Monique Zuanazzi

Campo Grande (MS) – De um lado, a psicodelia rebelde dos anos 60, presente no espírito de uma galera da geração atual. Do outro, a maturidade musical de quem há décadas potencializa e inova a música regional. O projeto Som da Concha deste domingo (21), leva ao palco da Concha Acústica Helena Meirelles, a partir das 18h, as bandas: Os Alquimistas, para a abertura e Jerry&Barbados, fazendo o show de encerramento.

Surgindo há apenas três anos, Os Alquimistas vêm se destacando na cena rock de Campo Grande e construindo público sem padrão de idade. Para o Som da Concha eles preparam um repertório cheio de músicas autorais, sem esconder nele a influência de bandas e artistas que se destacaram nas décadas de 60 e 70. “Estamos em uma boa fase de composições, soltando várias músicas novas e até compomos algumas especialmente para o Som da Concha. Preparamos um repertório todo autoral, mas como nossas músicas são rápidas, talvez façamos algum cover para preencher”, contou Leota Alquimista, de 22 anos.

Os Alquimistas – Foto: Mariana Sena

Os Alquimistas – Foto: Mariana Sena

Formada por Leota (teclado), Perim (contrabaixo) e Boloro (bateria), a banda leva um nome que remete a canção “Os alquimistas estão chegando”, de Jorge Ben Jor, mas pode ser mais que isso. Sendo alquimia a ciência mística de misturar elementos antigos, a sonoridade desses caras mescla desde o peso do rock dos Rolling Stones, até a cultura psicodélica de Arnaldo Baptista e Os Mutantes. “Nossas letras são bem ácidas, tem um pouco da inquietação de outros tempos”, afirma Leota.

“São alfinetadas. Tem um pouco da revolta dos anos 60, que era algo mais fantasioso, mas nossas letras destacam as relações sociais, relação das pessoas entre si”, completou Perim, o que mais compõe na banda.

Jerry & Barbados é também uma banda nova, mas com músicos experientes. Ela apresenta o novo trabalho do cantor e compositor Jerry Espíndola, investindo forte em ritmos brasileiros, latino-americanos, e boas pitadas de regionalismo contemporâneo/polka rock. Formada por Jerry (voz e guitarra), Rodrigo Teixeira (contrabaixo), Alex Kundera (bateria), Júlio Queiroz (teclados) e Dhonattas Oliveira (guitarra), a banda fará neste Som da Concha o quarto show desde sua formação.

Jerry&Barbados – Foto: Monique Zuanazzi

Jerry&Barbados – Foto: Monique Zuanazzi

Atraente é a releitura que o grupo faz com canções de artistas do Mato Grosso do Sul e nacionais, como Marina Peralta, Chá Noise, ou Alzira Espíndola e Alice Ruis. “Estamos produzindo algumas surpresas para este show, até um cenário está sendo feito. Temos um repertório autoral com músicas inéditas, mas preparamos releituras de sons que eu particularmente gosto. Sou fã dessa gurizada que tem se destacado nos tempos de hoje e procuro sempre apoiá-los”, argumentou Jerry.

Sobre Os Alquimistas, Jerry se diz admirado com o grupo e passou a acompanhar os meninos desde que os conheceu. “Já vi vários shows deles, eles tem um bom conhecimento de música antiga, já até trocamos alguns discos. Eles vão atrás da raiz do som, diferente da galera da idade deles”, elogiou. Sobre a troca de discos, um vídeo foi feito especialmente para o Som da Concha mostrando de forma engraçada os artistas juntos trocando discos de vinil (confira abaixo).

Antecipando o que poderá ser uma surpresa, Jerry revela que devido a amizade que tem com a banda, no final do show haverá uma participação dos Os Alquimistas com Jerry & Barbados: “Vai estar o velho com som novo e os novos com um som velho, vai ser demais”, brincou o músico.

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