Uso adequado de palha pode reduzir desenvolvimento de plantas daninhas

Panorama da Buva e do Capim-amargoso foi apresentado por pesquisador da Fundação MS em Congresso realizado em Curitiba.

XXX Congresso Brasileiro da Ciência das Plantas Daninhas – Foto: Asscom CBCPD 2016

XXX Congresso Brasileiro da Ciência das Plantas Daninhas – Foto: Asscom CBCPD 2016

Um dos principais problemas enfrentados pelos produtores de soja, milho, aveia, entre outras culturas, a presença da Buva e do Capim Amargoso nas lavouras tem se expandido no País. No entanto, há alternativas de controle para estas plantas daninhas e que podem reduzir seu desenvolvimento. O tema foi discutido durante o XXX Congresso Brasileiro da Ciência das Plantas Daninhas, em Curitiba. O cenário deste tema em Mato Grosso do Sul foi apresentado pelo pesquisador de fitossanidade da Fundação MS, José Fernando Grigolli.

Conforme o pesquisador, com o uso de uma palhada bem estruturada, é possível “abafar” o desenvolvimento de plantas daninhas. “Isso pode reduzir, em média, 50% das plantas de buva e 35% das plantas de capim amargoso, o que pode ser muito interessante para diminuir os prejuízos causados por estas plantas”, explica. Outro método eficaz na prevenção é quando o produtor faz o uso de herbicidas pré-emergentes, que devem ser usados antes da emergência das plantas.

Caso não haja um controle adequado, a buva pode trazer perdas de 40% na produtividade e, no caso de capim amargoso, esse número pode chegar a 60%. “São plantas de difícil controle, então o produtor deve ser proativo e efetivar manejo de forma eficiente e racional, porque quando a lavoura fica completamente tomada pelas plantas daninhas, o custo de controle torna-se mais alto, com efetividade muito baixa”, enfatiza Grigolli.

As duas plantas daninhas citadas apresentam uma situação crítica em Mato Grosso do Sul, se comparadas ao restante do Brasil. As condições climáticas do Estado, por exemplo, facilitam a expansão de ambas. “A buva precisa de temperatura mais amena para iniciar a germinação. Já o capim amargoso precisa de bastante chuva e um inverno chuvoso ajuda na sua disseminação. Por isso, a necessidade de controle efetivo é bastante alta, para evitar que isso piore ainda mais”, conclui.

Cerca de 1000 participantes estiveram reunidos no Congresso, que foi realizado com o objetivo de fortalecer o compromisso com o setor produtivo. Todos estes grupos discutiram o tema “Ciência das Plantas Daninhas: conhecimento e tecnologia a serviço do agricultor”. Houve mesas redondas e painéis ministrados por renomados palestrantes de diversas instituições de pesquisa do Brasil e do mundo, além de sessões orais e de pôsteres, para apresentação e discussão dos principais trabalhos de pesquisa desenvolvidos na área da Ciência das Plantas Daninhas.

Fonte: Sato Comunicação

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