Levantamento do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS), ferramenta desenvolvida pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), aponta que a colheita do milho 2ª safra chegou a 90,4% da área plantada no Estado, consolidando as estimativas de queda acima de 30% na produção do grão para esta safra.
Segundo dados apurados pelos técnicos do Siga MS entre os dias 29 de agosto e 02 de setembro, a quebra na safra de milho é ainda maior. Até então, esperava-se para Mato Grosso do Sul uma colheita de 6,248 milhões de toneladas do cereal. No entanto, os levantamentos apontam que o resultado será de 6,055 milhões de toneladas, o que representa déficit de 34% na produção em relação à 2ª safra 2014/15. Até o dia 30 de agosto a Aprosoja/MS estimava redução de 31,83% na produção de milho em Mato Grosso do Sul.
As informações apuradas pelos técnicos do Siga MS, e divulgadas nesta terça-feira (06) na Circular Técnica nº 175, estão disponíveis na íntegra por meio de cadastro no link: http://www.sigaweb.org/ms/sistema/.
Produtividade em queda
Diante disso, também verifica-se queda na produtividade no Estado, que agora é de 58 sacas por hectare. Antes, esperava-se 59,9 sc/hc, uma variação negativa de 32,16% em relação à 2ª safra de milho 2014/15. Agora, em relação ao ciclo anterior, a queda na produtividade também atinge 34%.
“Em nossos levantamentos semanais, já apresentávamos desde abril esse cenário de quedas, projetando forte redução na produção. Na sequência, todas as entidades de pesquisa passaram a confirmar essas estimativas”, afirma Christiano Bortolotto, presidente da Aprosoja/MS.
Preocupação e cautela
Para Bortolotto, os resultados são negativos, já que afetam toda a cadeia produtiva. “Essa realidade já pesa no bolso do produtor porque muitos estão terminando essa 2ª safra com grande dificuldade no saldo das contas. Diante de uma safra de soja complexa à frente, já estamos preocupados, inclusive pelo fato de que boa parte dos produtores irá carregar dívidas de um ano para o outro, da safrinha para a safra verão”, detalha o presidente. “Esse é um cenário muito preocupante para a economia do Estado”, completa.
Números da colheita
Em relação à colheita, o procedimento já está finalizado em sete municípios do Estado: Chapadão do Sul, Costa Rica, Coxim, Paraíso das Águas, Pedro Gomes, São Gabriel do Oeste e Sonora. Portanto, de todas as cidades acompanhadas pelo Siga MS, restam ainda 23 com áreas não colhidas. A expectativa é que a colheita se encerre em todo Mato Grosso do Sul dentro de 10 dias, caso as chuvas deem trégua, o que acabou prolongando a colheita no Estado.
Fonte: Assessoria de Imprensa - Aprosoja/MS