Campo Grande (MS) – O documentário Cinema Novo, do cineasta Erik Rocha, foi o escolhido pelo júri, como o melhor filme do já tradicional festival de cinema de Mato Grosso do Sul. A noite de premiação, que aconteceu no sábado, 26, no Galpão das Artes da Fundação Nelito Câmara em Ivinhema, foi marcada pelas emocionantes homenagens ao poeta Manoel de Barros e Dona Bené, e pela festa das torcidas organizadas dos curtas-metragens que disputaram a mostra competitiva. O evento recebeu recursos do FIC (Fundo de Investimentos Culturais) da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
Além de Cinema Novo, que levou, ainda, melhor montagem, foram premiados os filmes Campo Grande, de Sandra Kogut, com júri popular e ator coadjuvante Ygor Manoel, e Martírio, de Vincent Carelli com o especial do júri. O presidente do júri, Sérgio Pedrosa, argumentou que as escolhas foram pautadas pela reunião de qualidade, inventividade e domínio da linguagem das obras. O melhor filme recebeu a premiação de cinco mil reais.
Na competição de curtas, a mais aguardada do evento, que investe na formação de jovens realizadores, foi consagrado o filme ‘De Repente’, da escola Nova Geração de Ivinhema. Em segundo lugar, ficou o filme Porta-retratos, da escola Reynaldo Massi da mesma cidade e a terceira colocação foi para O Outro Lado, da escola Filinto Muller de Angélica. Os premiados receberam mil reais o vencedor, 600 reais, o segundo colocado e 400 reais, o terceiro.
A presidente da Fundação de Cultura de MS, Andréa Freire reforçou a importância que o festival do Vale do Ivinhema adquiriu nos últimos anos, “é hoje o evento mais importante do cinema no Mato Grosso do Sul. Há 13 anos é feito de maneira muito peculiar pela Fundação Nelito Câmara com muito cuidado e empenho, principalmente do Ricardo Câmara que está à frente dessa construção. Esse Festival deixa um legado imenso para as cidades que participam, nesse ano especialmente Angélica, bem como a mobilização da juventude local de como eles se envolvem participando das suas etapas de construção, isso é muito valioso”, destacou Freire.
Para o curador da mostra de longas, Joel Pizinni, com o crescimento do festival, “Ivinhema é um polo de resistência do audiovisual, indo na contramão dos tempos sombrios pelos quais passa a cultura e a arte no Brasil”.
O idealizador do evento, Ricardo Câmara diz se sentir orgulhoso de ter sido o primeiro projeto aprovado pelo FIC nesta atual gestão do Governo, “esse ano o festival foi financiado integralmente pelo FIC e isso o tornou mais fortalecido e queremos que a cada ano se fortaleça ainda mais”, frisou Câmara. “O Festival está em sintonia com os objetivos do FIC que é garantir o acesso da população a todas as regiões a arte e a cultura no Estado”, ressaltou Ricardo Maia, superintendente do FIC.
Abaixo, a lista dos vencedores:
Mostra Competitiva de Longas
Melhor filme- Cinema Novo
Prêmio especial do júri- Martírio
Melhor filme do júri popular- Campo Grande
Diretor- Camilo Cavalcante- A História da Eternidade
Roteiro- Hilton Lacerda e Ana Carolina Francisco- Big Jato
Montagem- Renato Vallone- Cinema Novo
Fotografia- Beto Martins- A História da Eternidade
Atriz- Julia Bernat- Aspirantes
Atriz coadjuvante- Karine Teles- Aspirantes
Ator- Cláudio Jaborandy- A História da Eternidade
Ator coadjuvante- a criança Ygor Manoel- Campo Grande
Técnico de Som- Valéria Ferro- Big Jato
Desenho de Som- Marcito Vianna- Guerra do Paraguay