As operadoras de telefonia celular que operam em Mato Grosso do Sul – Vivo, Claro, Tim e Oi – participaram na tarde desta terça-feira (6) da última reunião para prestação de contas sobre investimentos e serviços, em cumprimento à cláusula sétima do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) da CPI da Telefonia.
Mesmo com o encerramento dos trabalhos, e quitação do TAC, as concessionárias concordaram em realizar mais duas reuniões no próximo ano para que a Assembleia Legislativa possa continuar a acompanhar a evolução dos atendimentos e aplicação de recursos. A proposta foi da relatora da CPI, deputada estadual Mara Caseiro (PSDB).
A respeito de seus serviços, a Claro relatou que deve dobrar o serviço 4G, presente hoje em apenas 6 municípios, até o início de 2017. Hoje, ela opera com o 3G em 29 cidades. O investimento em 2016 foi de R$ 15,5 milhões.
A Vivo opera com o 3G em 48 municípios e só possui serviço 4G em 3 cidades, mas também relatou ter projetos em curto prazo para ampliar a abrangência. O investimento em 2016 foi de R$ 45 milhões, com foco nas rotas de transmissão próprias e aprimoramento do sinal.
A TIM investiu R$ 13,8 milhões em 2016 e reafirmou sua pretensão de ampliar seu alcance, com a implantação do sistema 4G em 8 municípios no próximo ano.
A Oi afirma ter investido R$ 45 milhões este ano, mas seu foco não é apenas a telefonia móvel, e sim o sistema integrado de telefonia fixa, celular e internet.
A Superintendente do Procon-MS, Rosemeire Cecília da Costa, disse que a CPI refletiu positivamente nos números apresentados pelas operadoras. Mesmo assim, chamou a atenção da Oi no que diz respeito ao atendimento dos clientes de telefonia fixa, e da Vivo, sobretudo no que se relaciona ao pós venda dos planos empresariais.
Todas as operadoras foram instigadas a melhorar o atendimento do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), evitando questões judiciais e aumento no número de reclamações no Procon.
As três reclamações mais registradas pelo órgão este ano são a cobrança indevida ou abusiva, falta de resolução das demandas e dificuldades no cancelamento dos serviços. Todas se comprometeram em buscar melhorias nesse sentido.
A Vivo foi questionada pela deputada Mara Caseiro sobre a interferência nas ligações na região de fronteira. Os técnicos da operadora responderam que há um grupo de trabalho misto com concessionárias do Paraguai trabalhando por essa melhoria.
Ela também questionou a Vivo sobre a crescente reclamação dos usuários a respeito do limite de dados, que tem terminado antes do tempo mesmo com a mesma frequência de uso. A operadora ficou de responder posteriormente a demanda.
Outra reclamação sobre a Vivo é a má qualidade do sinal no município de Bonito, que recebe milhares de turistas por ano. Não há sequer serviço 3G na cidade. Por enquanto, também não há uma posição da operadora a esse respeito. Apenas a Claro tem esse tipo de sinal operante na cidade, podendo implementar o 4G já em 2017.
PARQUE DOS PODERES
Em 2015, durante as primeiras reuniões do TAC da Telefonia, a Vivo se comprometeu a instalar dois “sites sustentáveis” no Parque dos Poderes, ou seja, antenas para melhorar o sinal. O projeto não foi cumprido pela operadora e não há previsão para que o serviço seja feito.
SUICÍDIO
Mara Caseiro aproveitou a presença de todas as operadoras de celular para solicitar que as ligações para o número 141 possam ser gratuitas a partir de agora. A linha é do projeto GAV (Grupo Amor a Vida), que trabalha voluntariamente com prevenção ao suicídio.
Também participaram da reunião o deputado Marquinhos Trad (PSD), que foi presidente da CPI da Telefonia, a defensora pública Jane Inês Dietrich e a gerente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Vera Lúcia Sieburger.