Rebelião em presídio deixa cerca de 60 mortos em Manaus (AM)

Rebelião no Compaj, em Manaus (AM), deixou cerca de 60 mortos e 5 feridos – Foto: SSP/AM – Divulgação

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP/AM) divulgou na manhã desta segunda-feira (02/01), a informação de que policiais militares conseguiram entrar no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, capital do Estado, onde uma rebelião iniciada no domingo (1º de janeiro) destruiu parcialmente vários prédios que compõem o complexo.

De acordo com as informações da SSP/AM, cerca de 60 detentos morreram e outros 5 ficaram feridos. A situação já foi controlada.

Os feridos foram socorridos e levados para hospitais da região. Não foi divulgada informações sobre o estado de saúde das vítimas.

Os policiais militares conseguiram entrar na penitenciária por volta das 09h15min (horário de Brasília) de hoje, e encontraram vários corpos no pátio e nas celas. Acredita-se que as vítimas tenham sido assassinadas pelos próprios presos.

Os corpos dos presos mortos estão sendo resgatados e encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML), onde serão realizados todos os exames de praxe.

Há relatos, ainda não oficialmente confirmados, de que familiares dos presos entraram em pânico durante a rebelião, e que eles pediam para os policiais militares não invadirem a penitenciária.

O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, disse em entrevista coletiva que as razões que levaram os presos a fazerem a rebelião foi na realidade uma “guerra de facções rivais”, que tentam tomar o controle do tráfico de drogas em Manaus. Ele disse ainda que se trata do mais grave problema penitenciário no Estado, e que novas medidas de segurança serão tomadas.

No início da rebelião, 12 pessoas foram mantidas como reféns, mas que elas foram sendo liberadas ao longo da madrugada durante as negociações. Quando o Batalhão de Choque entrou no complexo penitenciário todos os reféns já haviam sido liberados.

O Compaj está localizado no km 8 da Rodovia BR-174, que ‘corta’ a cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas.

As autoridades amazonenses não informaram se havia agentes penitenciário entre os reféns, mas a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional do Amazonas, disse que pelo menos um agente penitenciário ficou ferido nas mãos, sem gravidade. Ele teria levado um tiro de raspão.

Ainda não há informações sobre possíveis fugas.

Com informações da Assessoria de Comunicação da SSP/AM

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