O empresário Eike Batista, de 60 anos, foi preso na manhã desta segunda-feira (30/01), por volta das 09h55min (horário de Brasília), no Aeroporto Internacional Tom Jobim, mais conhecido como Aeroporto do Galeão.
De acordo com informações da Assessoria de Imprensa da Polícia Federal (PF), policiais federais deram voz de prisão ao empresário e o encaminharam para o Instituto Médico Legal (IML), onde fez exames de corpo de delito. Após, ele foi encaminhado para o Presídio Ary Franco.
Eike Batista embarcou de volta ao Brasil na noite de domingo (29/01), no Aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, em um voo da American Airlines. Vários jornalistas embarcaram no mesmo voo, e puderam acompanhar a viagem dele de retorno ao Rio de Janeiro.
A Justiça Federal havia determinado a prisão de Eike Batista devido a fortes suspeitas de atos de corrupção e lavagem de dinheiro, em um esquema que também envolve o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que se encontra preso.
Policiais federais estiveram nas residências e no escritório de Eike Batista, mas não conseguiram encontra-lo. Os advogados dele informaram aos policiais que o empresário havia viajado a negócios para os Estados Unidos, e que ele iria se entregar assim que voltasse.
Diante dos fatos, a Justiça considerou o empresário foragido e determinou a Polícia Federal que incluísse o nome de Eike Batista na lista de procurados da Interpol (Polícia Internacional).
Além de Eike Batista, proprietário do Grupo EBX, que está em recuperação judicial, também é suspeito de lavagem de dinheiro no esquema de corrupção, o executivo da empresa, Flávio Godinho, seu principal assessor e vice-presidente do Flamengo.
Ambos estão sendo acusados de terem pago a Sérgio Cabral cerca de US$ 16,5 milhões, em troca de benefícios em obras e negócios do Grupo EBX.
Os promotores que cuidam do caso acusam Sérgio Cabral, Eike Batista e Flávio Godinho de obstruir as investigações e atrapalhar o andamento do processo.
Em 2012, Eike Batista foi considerado pela Revista Forbes como o sétimo homem mais rico do mundo, com uma fortuna avaliada em US$ 30 bilhões. Em 2013, no entanto, os negócios do empresário começaram a entrar em crise e ele foi obrigado a vender parte de seu patrimônio e a deixar o controle acionário de suas empresas.
O Grupo EBX atua na área de mineração, petróleo, energia, logística e indústria naval. Algumas dessas empresas está em recuperação judicial.
O nome do empresário Eike Batista apareceu na semana passada no âmbito da ‘Operação Eficiência’, um desdobramento da ‘Operação Calicute’, uma das fases da ‘Operação Lava-Jato’, que investiga o pagamento de propina por parte de grandes empresas e empreiteiras a políticos e partidos.
Ainda não há previsão para o depoimento do empresário Eike Batista.
Com informações das Agências Brasil e Estado