Há mais de 75 anos que não se registra casos de febre amarela urbana no país. Quem já tomou as duas doses da vacina está protegido dessa doença. O Brasil já soma mais de 120 casos de febre amarela silvestre, incluindo 47 mortes, sendo seis em São Paulo e 41 em Minas Gerais. Mesmo assim não preciso entrar em pânico.
O comentário seguido de recomendação foi feito pelo médico veterinário e vereador pelo PSB, Francisco Gonçalves de Carvalho, que durante mais de duas décadas comandou o CCZ – Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura Municipal de Campo Grande.
Conversando com o secretário de Saúde do Município, Marcelo Luiza Brandão Vilela, Veterinário Francisco recebeu dele todas as informações sobre estoque de vacina, campanha de vacinação, funcionamento das unidades de saúde, enfim, “estou tranquilo porque nossa cidade está preparada”, enfatizou.
Sobre a imunização na zona rural, o Vereador foi informado que a expectativa da Sesau é de que 2,5 mil casas sejam visitadas e cerca de 10 mil pessoas vacinadas contra a febre amarela em comunidades da zona rural campo-grandense nos próximos 30 dias.
Vereador Francisco aproveitou para cumprimentar as equipes da Secretaria de Saúde que iniciaram os trabalhos de orientação e imunização dos moradores da zona rural na segunda-feira (30), visitando propriedades às margens da MS-080, saída para Rochedo.
Esclarecimento
De acordo com informações do Ministério da Saúde, a diferença entre a febre amarela silvestre e a urbana é o vetor: na cidade a doença é transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito que transmite a dengue. Na mata, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus. Apesar disso, o vírus transmitido é o mesmo, assim como a doença resultante da infecção. Desde 1942, o Brasil não registra casos de febre amarela urbana.