A Waymo, unidade do Google para o desenvolvimento de carros automotivos, acusa a Uber de usar tecnologia roubada para avançar em seu projeto de carros autônomos e disse que vai processar a concorrente.
O processo, apresentado ao Tribunal Distrital em São Francisco, nos Estados Unidos, afirma que uma equipe de ex-engenheiros do Google roubou o design do LiDAR, um sensor laser da empresa que permite que carros autônomos mapeiem o ambiente em torno deles.
Ao anunciar o processo em uma publicação em seu blog, a Waymo compara o roubo com a cópia de ingredientes. “A apropriação dessa tecnologia é semelhante a roubar uma receita secreta de uma empresa de bebidas.”
De acordo com a publicação, a Otto, empresa criada por Anthony Levandowski, um dos membros originais da equipe que trabalhou no desenvolvimento do carro autônomo do Google, e a Uber roubaram tecnologia do projeto de modo a tirarem vantagem.
Em janeiro do último ano, Levandowski deixou o Google após nove anos na companhia, para fundar a Otto, uma startup focada em caminhões autônomos. Seis meses depois, a Uber adquiriu a Otto por 680 milhões de dólares.
O processo alega que Levandowski fez o download de 9,7 GB de arquivos altamente confidenciais e segredos comerciais que incluíam desenhos, arquivos de design e documentação de testes.
“Levandowski baixou mais de 14.000 arquivos de design altamente confidenciais incluindo desenhos do LiDAR e da placa de circuito da Waymo” seis semanas antes de sair da companhia.
Ex-parceiras
Em 2013, o Google Ventures, braço de investimentos da companhia, investiu 250 milhões de dólares na Uber quando o serviço de carona ainda estava em seus primeiros anos.
A partir do momento em que as duas empresas passaram a ter interesses comerciais parecidos, ainda mais quando o assunto era o desenvolvimento de carros autônomos, seu relacionamento começou a caminhar para o fim.