Com novo recorde, Samu Team Brazil festeja o tricampeonato no 14º Desafio Volta à Ilha de Santo Amaro de Canoas Havaianas

30 equipes enfrentaram 75 km de remadas entre mar e rio e o time da capital completou o percurso em 5h51min12s.

Foto: Caio Storti

Com novo recorde, a Samu Team Brazil, de São Paulo, confirmou o favoritismo e festejou o tricampeonato no 14º Desafio Volta à Ilha de Santo Amaro de Canoas Havaianas. Nada menos que 30 equipes largaram na manhã deste sábado (4), na Praia da Aparecida, em Santos, num momento histórico para a modalidade e recorde no continente. Os atletas enfrentaram 75 quilômetros de remadas, entre trechos de mar, passando por todas as praias de Guarujá, e de rio, na segunda metade do percurso, no Canal de Bertioga e no Porto de Santos, mesclando várias condições.

O dia ajudou com sol e mar liso. A emoção começou antes mesmo da largada, com as equipes reunidas na tradicional “roda de energia”, para demonstrar a união do esporte. Remando com um time com experiência e conquistas internacionais, a Samu liderou do início ao fim, sem ser ameaçada.

Até o quilômetro dez, outras canoas vinham próximas, e a partir do km 40, a vantagem foi ampliada para os rivais, saindo do visual. Eles completaram o percurso em 5h51min12s, superando em 51 segundos o próprio recorde estabelecido em 2013, com 5h52min03s.

Foto: Caio Storti

A segunda equipe a chegar na Praia da Aparecida foi a Canoa Caiçara, de Santos, numa embarcação V6, participando como demonstração (por ser mais rápida), somente 14 minutos depois, com 6h06min25s. A TriboQPira, hexacampeã da disputa e formada por atletas de Santos e de Bertioga, chegou a ter problemas no Canal de Bertioga, com o seu barco de apoio encalhando, e fechou esse desafio em 6h14min57s.

A Koa YCP Matero, também da capital, foi a primeira colocada da master, e chegou em seguida com 6h18min01s. A Matero também fez bonito na categoria mista, com o primeiro lugar, em 6h43min08s. A primeira colocada feminina foi a Vênus, com atletas de São Vicente, Vitória, Niterói e São José dos Campos, em 7h16min06s.

“Foi dura. Pegamos tudo contra de novo. Maré contra, vento contra, então foi remar forte o tempo todo. Fizemos uma estratégia boa, saímos forte e foi perfeito. O objetivo era bater o recorde, estávamos com uma formação muito boa e com a experiência de provas internacionais, de revezamento, aprendemos muito, sabíamos que vínhamos para uma boa remada. Só queria ter pego uma condição mais a favor, porque no Canal foi o tempo todo contra”, disse o capitão da Samu, Sérgio Prieto.

Foto: Caio Storti

Com a experiência de ter participado das grandes provas, inclusive a emblemática Molokai-Oahu, no Havaí, Serginho enalteceu a disputa na Baixada Santista, falando com a propriedade de quem compete desde a edição inicial. “Essa é uma prova completamente diferente. Pega mar abrigado, mar batido, canal, porto, mangue. É uma característica bem diferente de qualquer outra prova. É alucinante, bem bacana e a gente quer sempre correr”, vibrou.

“A nossa equipe é muito unida, com a mesma formação desde o começo e além de gostar de remar juntos, somos amigos. Isso faz toda a diferença”, completou Serginho, reforçando as principais características da canoa havaiana, a sincronia e sinergia nas remadas.

Também competidor desde a edição de estreia da Volta, Rafael Leão é hoje um dos principais canoístas do País na modalidade e também comemorou muito o novo título. “Muita felicidade, uma prova duríssima. Conseguimos uma boa remada e deslanchamos bem. A gente sempre treina para remar forte. Muito legal ver a evolução do esporte, cada vez mais competitivo, muito legal”, destacou.

Capitão da equipe Canoa Caiçara, José Paulo Neto, agradeceu a oportunidade de participar do evento, como demonstração e ressaltou a força dos campeões. “Competimos de V6 porque é uma tendência nova e queremos dar o start. Foi legal essa chance aqui na prova. Remar 75 km nunca é fácil e o conjunto da equipe fez a diferença. Os atletas da Samu são os melhores indiscutivelmente. Tínhamos eles no visual até os 40 km de prova, mas depois abriram e, com certeza, mereceram esse título”, falou.

Foto: Caio Storti

40 EM 2018 – Fábio Paiva, organizador do evento e um entusiasta da modalidade, vibrou com a grande participação de equipes de várias partes do país. “Tivemos atletas de seis estados e também do Chile e da Argentina. Temos de destacar a grande participação de Florianópolis e Salvador, com várias equipes. A gente vê hoje essa prova sendo um sucesso e podemos falar que somente agora ela vingou, porque as equipes estão tendo mais coragem de participar. O esporte tem crescimento e as pessoas estão se capacitando para enfrentar um desafio como esse”, falou.

“A prova se se tornou uma chancela. O atleta que participa da Volta é diferenciado. A gente criou esse nível de superação, de ter participado desse desafio”, explica Fábio Paiva, revelando que o objetivo é continuar crescendo para as edições futuras. “Fomos crescendo com a preocupação de segurança dos atletas. Esse ano foi emocionante ver 30 canoas juntas largando, recordo no continente e agora queremos 40 canoas em 2018”, anunciou.

Foto: Ivan Storti

Além das premiações pelos desempenhos nas remandas, a prova contou com o Projeto Solidário, organizado por Carla Greco, com a entrega de latas, para doação à Abraccii – Associação Brasileira de Apoio e Combate ao Câncer Infanto Juvenil. A campeã entre as equipes foi a Extreme Canoe Club, de Salvador e no total foram arrecadadas 174 latas.

O 14º Desafio Volta à Ilha de Santo Amaro de Canoas Havaianas teve os patrocínios de Caiaques Opium Hightec, Onbongo e Embraport. Apoios: Prefeitura Municipal de Santos/Semes, Promifae, Probiótica, Sabesp, Seagaia Mitsubishi, FMA Notícias, 98 FM, Panificadora Rainha da Barra, Capitania dos Portos, Praticagem e Corpo de Bombeiros. Organização da Canoa Brasil, com supervisão da Abracha – Associação Brasileira de Canoa Havaiana.

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