O Dia Internacional da Mulher é historicamente comemorado para celebrar as várias conquistas, data comemorativa que foi marcada por fortes movimentos de reivindicações trabalhistas, políticas e de igualdade social entre homens e mulheres, em que as diferenças biológicas, sejam respeitadas, mas não sirvam apenas de pretexto para subordinar ou inferiorizar cada ser.
Desde a segunda revolução industrial a mulher tem ampliado a conquista de seu espaço no mercado de trabalho. No início por uma necessidade, de forma tímida, cerceada, assistida, mas hoje, de forma plena, consciente e responsável.
Tantos avanços nesse campo fez de nós mulheres conquistadoras de espaços marcados por escolhas sociais constantes. Escolhemos todos os dias e informamos a prioridades dos afazeres na família, trabalho e vida social. Medir os resultados ao longo da história nos remeterá ao retrato de pessoas que lutam pelo reconhecimento como ser, e que ainda assim valoriza a família e se fortalece nela, seja ela qual for.
Observo, no entanto, que algo começa a mudar na minha geração. A conquista tão sofrida por um “lugar ao sol” começa a se transformar no prazer pelo trabalho, na busca pelo crescimento intelectual, profissional, na realização pessoal!
A mulher de hoje busca a valorização pelo que é, porque tem consciência do que representa. Sua opinião é relevante, seu voto é decisivo e sua contribuição social é concreta. Com isso em mente, persegue a igualdade de direitos e exige da sociedade uma resposta para seus anseios.
Peço licença a Hollywood mas acredito que o filme chamado “vida” tem como protagonista a mulher, que lida de forma gentil e bem-humorada com os afazeres sociais, que escolhe as prioridades em um mundo que quase tudo é imediato!
O lugar ao sol, eu diria que é mais do que conquistar “igualdade”, é escolher dentre tantos afazeres aquele que menos impacta a sua própria vida! A prioridade é constante, e em vários momentos o coração se vê pressionado a direcionar nossas ações, não que seja mais ou menos importante, mas sejam apenas escolhas que a mulher decide usando mais o coração do que a razão.
Somos a trilha sonora dessa canção chamada vida, que com leveza e sutileza criamos nossas próprias canções propagando a beleza e o perfume na figura do ser mulher! Ser lindo, com padrões de beleza próprio e com ideias de perfeição.
Podem dizer o contrário, mas cada mulher conhece os seus limites e sabe de suas imperfeições. Ao definirmos o padrão de “beleza” podemos dizer que a cada idade 20, 25, 30, 40, aos 60 anos, cada beleza se firma e se propaga em graça, sabedoria e elegância. Aí vem Vinícius de Morais com seus poemas dizendo que a mulher bonita de verdade não tem idade. Tem Vida!! Ela vive o seu tempo e muda a cada passagem dele. Vamos celebrar o Dia Internacional da Mulher, vamos celebrar a vida!
* Lucélia Tashima, coordenadora dos cursos de Ciências Contábeis UCDB e de Pós-Graduação Lato Sensu MBA em Gestão Financeira e Orçamentária