Se eu fosse falar sobre a mulher, escreveria um livro
Cheio de folhas pintadas
Umas com cores suaves
Outras bem demarcadas
Umas são de azul delicado
De quando eu recebo de uma amiga um abraço sedento
Outras acinzentadas
De quando por vezes de minha mãe, me afasto, ou não tenho tempo
Umas são de um verde água
Chá de cidreira, maracujá ou qualquer coisa que me acalmaria
Outras um laranja quente
Exatamente quando ela me fala com ânimo me dando força e energia
Umas são vermelho fogo
Igual meu peito que a um homem entreguei, sem pestanejar, cheia de paixão
Outras trazem um tom mesclado, preto e branco
Pois a vida também é feita de sim e de não
Esse poema dedico a uma grande mulher, ela é meu livro
Que a vida descreveu
Um livro chamado Maria Lúcia Arruda Rodrigues, tão rica e poderosa de um sorriso que não cabe no peito
Aquela que não guardo tenho segredo, mãe, amiga e avó presente, meu destino foi: sua mão que escreveu.
* Este poema é dedicado ao dia das mulheres, que escolhi em nome de uma, homenagear todas elas.