O Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, elaborado por técnicos da Prefeitura Municipal, prevê a desapropriação de parte do Cemitério Santo Antônio, que fica localizado na região central da cidade e, consequentemente, a realocação de alguns túmulos e jazigos existentes.
Um dos mais antigos cemitérios de Campo Grande, o Santo Antônio, deverá em breve perder parte de sua área, para que seja construída neste espaço um viaduto, que segundo especialistas irá desfigurar a região.
O objetivo dos técnicos com a medida é abrir uma via pública que ligue as avenidas Calógeras e Costa e Silva, permitindo melhorar o fluxo e o tráfego de veículos na região.
A intensão dos técnicos da prefeitura é o de retirar todos os túmulos do Cemitério Santo Antônio que ficam localizados próximo ao muro que fica na lateral da Avenida Calógeras.
O mesmo Plano Diretor prevê ainda duas outras alternativas que ainda estão sendo analisadas, a construção de um viaduto sobre o cemitério, ou então, a desapropriação de parte comércio da região, principalmente dos comerciantes que fica localizados próximos a esquina das avenidas Calógeras com a Salgado Filho.
Apesar dessas alternativas serem uma solução que de fato irá melhorar o tráfego de veículos na região, principalmente no sentido bairro/centro, ambas implicarão em intervenção no Cemitério Santo Antônio, que abriga túmulos centenários, como o de Bernardo Franco Baís, um dos primeiros moradores de Campo Grande, e que muito ajudou no crescimento da cidade, trazendo para a região a estrada de ferro.
Urbanistas, arquitetos e engenheiros civis alegam que o assunto deveria ser debatido com a categoria antes de ser implementado, porque altera drasticamente a paisagem campo-grandense, que deve ser respeitado por razões históricas.
A equipe do Campo Grande Notícias conversou com alguns familiares que possuem entes queridos sepultados no Cemitério Santo Antônio, e todos se mostraram contrários à ideia de remoção dos túmulos, por acreditar que mesmo com a mudança e o reordenamento do trânsito na região, não haverá melhora alguma.