Campo Grande (MS) – Durante o mês de abril, o programa “Curta MS”, exibido na TV Educativa será dedicado aos Povos Indígenas, com temas variados no qual esse povo é protagonista. Serão exibidas cinco produções e no dia (14/04) uma entrevista com Silvana Terena subsecretaria de políticas indígenas, falando sobre a produção audiovisual feita pelos índios no estado. As exibições acontecem às sextas-feiras às 22h no Canal 4 da TV aberta e canal 15 da NET.
O programa Curta MS, uma janela para o Audiovisual do Estado é fruto de uma parceria entre a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul por meio do Museu da Imagem e do Som e da Gerência de Difusão Cultural com a TV Educativa. Também conta com o apoio da Associação de Cinema e Vídeo do Estado, cujo principal objetivo é tornar acessível à produção independente de diretores e produtores locais.
Programação
07/01
Flor Brilhante e as cicatrizes de pedra (Ganhou vários prêmios nacionais e internacionais)
Direção: Jade Rainho e Fabi Fernandes
Flor Brilhante é a matriarca de uma família indígena de rezadores Guarani-Kaiowá que vive na reserva de Dourados-MS, Brasil. Lá, cerceados de seu modo de viver originário, tentam sobreviver preservando conhecimentos e hábitos da cultura dos antigos, enquanto convivem com os efeitos e mazelas causados pelas explosões contínuas de uma usina de asfalto, que dinamita e explora uma pedra sagrada no território da aldeia há mais de 40 anos.
Este documentário foi realizado em outubro e novembro de 2012, de forma totalmente independente, como um meio de conceder à família voz para contar sua história e canais para trazê-la a público.
14/04
Uma lei para todas
Direção Ana Patrícia Nasar e Sidney Albuquerque
Filmagem e Edição: Sidney Morais de Albuquerque
O documentário ganhou o primeiro lugar no prêmio de documentário Lei Maria da Penha e retrata a dificuldade na aplicação desta Lei para as mulheres indígenas de Mato Grosso do Sul, frente à recusa do atendimento nas delegacias do Estado e foi um dos cinco vencedores do Concurso de Curtas inéditos sobre a Lei Maria da Penha em 2012, promovido pela Procuradoria Especial da Mulher, em parceria com a TV Câmara, financiado pelo Banco Mundial.
Uma aldeia na cidade
O documentário foi feito pelo índio terena Sidney de Albuquerque e filmado na aldeia indígena urbana de Campo Grande Marçal de Souza e foi realizado dentro do Projeto Vídeo Índio Brasil.
21/04
A procura de Marçal
Marçal foi batizado com nome de Marçal Tupã-i, a manifestação criada pelo Deus tupi-guarani Nhanderuvuçú (alma velha, na língua tupi), que é sentida pelas forças da natureza, como o trovão. E assim é Marçal, até hoje, mais de 30 anos após ser assassinado ao lutar pelo direito de seu povo: presença forte e imaterial nas comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul. É essa manifestação, ainda presente, que motivou duas acadêmicas do curso de jornalismo, Caroline Cardoso e Natália Moraes, 21, a realizarem o documentário “À Procura de Marçal”, que foi defendido como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Direção: Caroline Cardoso e Natália Moraes
28/04
Mulheres do desbarrancado
Um documentário que foi Trabalho de Conclusão de Curso para a Faculdade Estácio de Sá em 2005, e retrata a história de mulheres indígenas que saíram de suas aldeias rurais para irem morar na a 1ª Aldeia Urbana Indígena de Campo Grande Marçal de Souza.
Direção: Nicole Caballero e Alessandra Messias