Wallace Vasco é o melhor no Hang Loose Surf Attack, em Ubatuba

Abertura do Circuito Paulista das categorias de base teve finais neste sábado na Praia de Itamabuca em 5 categorias.

Wallace Vasco no Hang Loose Surf Attack em Ubatuba – Foto: Munir El Hage

Wallace Vasco aprendeu a surfar há apenas cinco anos, depois de se mudar de Brasília para Florianópolis. Antes dos nove anos de idade, nunca tinha visto o mar. E agora, já se torna uma das grandes promessas da nova geração, comprovado com a vitória na abertura do Nossolar apresenta Hang Loose Surf Attack 2017. Ele foi um dos principais destaques da competição, que teve três dias de disputas e foi encerrada na tarde deste sábado (17), na Praia de Itamambuca.

O evento com sol, ondas e muito surf contou com 230 atletas em cinco categorias. Wallace faturou a categoria júnior (até 18 anos). Além dele, comemoraram as vitórias o guarujaense Eduardo Motta, na mirim (limite de 16 anos), o cearense Cauã Costa, na iniciante (no máximo 14 anos), o ubatubense Ryan Kainalo, na estreante (sub12), e o bertioguense Daniel Duarte, na petit (10 anos para baixo).

Junto aos vencedores, outro destaque foi o catarinense Léo Casal, único a chegar em duas finais, sendo o terceiro da iniciante e quarto da mirim. Nos recordes do evento, Eduardo Motta foi o dono da maior nota, um 9,60, enquanto que Ryan Kainalo fez a melhor média, 18,25, de 20 possíveis. Na disputa por cidades, outra atração e que gera muita emoção e mais competitividade entre os atletas, Guarujá levou a melhor, sobre os donos da casa.

Ryan Kainalo no Hang Loose Surf Attack em Ubatuba – Foto: Munir El Hage

“Que campeonato. Sol, ondas, muito surf. Foi sensacional. Reunimos 230 atletas em três dias de muito astral. Deu tudo certo”, vibrou o diretor de prova, Marcos Bukão, também vibrando pelos 30 anos ininterruptos do Circuito, 23 deles com patrocínio da Hang Loose, responsável pela revelação e formação da maioria dos surfistas de destaque na atualidade.

A primeira final do dia foi a dos caçulas na petit. Daniel Duarte garantiu a melhor nota da bateria, um 7,75, mas antes chegou a ser ameaçado por Murillo Coura, de São Sebastião, chegou a perder a ponta, mas logo deu o troco. No resultado final, somou 14 pontos, contra 11,45 de Murillo. “Foi minha primeira vitória no Paulista e estou bem feliz por isso”, disse Daniel, que está com dez anos e aprendeu a surfar com o tio, Missilvano Alves, que já foi destaque no surf paulista. Ryan Coelho, que disputou pelo Paraná, mas atualmente mora em São Sebastião, foi o terceiro, seguido do talento local, Francisco Abreu.

Na mirim, Pedro Bianchini, que atualmente mora em São Sebastião, mas representa São Paulo, abriu muito bem a disputa, com uma nota 8,55. Eduardo Motta assumiu a ponta com um 9,25. Na sequência, Mateus Lima, de Itanhaém, iniciou uma reação, com um 8,15, mas não suficiente para virar, ficando em segundo. Léo Casal terminou em quarto.

Pedro Bianchini vibra com os pais – Foto: Fábio Maradei

“Foi muito bom começar com o pé direito na mirim. O mar estava difícil, mas consegui aquela esquerda que valeu 9,25 e fiquei mais tranquilo. Agora é pensar nesse bicampeonato (foi campeão estadual mirim em 2015) e também vou brigar na júnior. Essa etapa vai ser o descarte, mas na segunda etapa vou com tudo”, destacou o surfista de 15 anos, que já tem títulos na petit, estreante, iniciante e mirim.

Depois, foi a vez da estreante. Roberto Alves, de Santos, começou em primeiro com um 5,75, mas o atual bicampeão paulista petit, Ryan Kainalo, garantiu a ponta. Robertinho reassumiu a liderança e nas duas últimas ondas, o talento local prevaleceu. Precisava 6,01 e tirou 6,25.

Ele ainda voltou ao fundo e faltando 30 segundos, a melhor onda da final, 8,85 para selar a vitória. “Estou muito confiante para esse novo título. Ano passado comemorei o bicampeonato e agora comecei vencendo em casa. Cheguei a ficar um pouco nervoso, mas achei as duas últimas ondas, que foram muito boas”, falou o atleta de 11 anos. O catarinense Takeshi Oyama e o carioca Pedro Henrique completaram a disputa.

Na iniciante, Cauã teve uma disputa muito boa com Léo Casal, em sua segunda final. O catarinense saiu na frente, mas Cauã levou a melhor com notas 7,75 e depois um 8,85, após uma manobra muito forte. No final, Rodrigo Saldanha, de São Sebastião, ainda passou a segunda posição, com um 8,35. Caio Costa, também de São Sebastião e atual campeão estreante, ficou na quarta colocação. “Foi muito legal competir no Hang Loose pela primeira vez e já vencer. Desde criancinha eu acompanhava esse Circuito pela internet e queria vir competir. Era um sonho. Estou bem feliz”, falou o surfista de 13 anos.

Cauã Costa no Hang Loose Surf Attack em Ubatuba – Foto: Munir El Hage

A última decisão do evento também reservou boas emoções. O atual campeão paulista júnior, Alax Soares, de Guarujá, iniciou vencendo, com uma nota 8,5. Mas Wallace, que vinha se destacando desde o primeiro dos três dias de disputa, passou a primeira, com o mesmo 8,5 e depois um 5,70. Alax ainda tentou virar o jogo no último segundo, mas a onda não ofereceu condições de boas manobras. O talento local Kauã Terra ficou em terceiro e o catarinense Leonardo Mendes completou o pódio.

“É muita felicidade. Sempre sonhei com essa vitória. Ando treinado bastante e o resultado foi esse. O foco é seguir bem e garantir o título geral”, falou emocionado Wallace, que já havia sido o grande destaque do primeiro dia de disputas. Os resultados completos podem ser conferidos no link hangloose.com.br/surfattack2017.

Fora do mar, o evento contou com muitas brincadeiras nas tendas Hang Loose, organizadas pelo incansável Júlio Ozório, o Bro, como ping pong, pebolim, além de cabo-de-guerra e pintura de pranchas. Outra atração foram as gincanas envolvendo dezenas de atletas.

Daniel Duarte no Hang Loose Surf Attack em Ubatuba – Foto: Munir El Hage

A próxima etapa do Circuito está confirmada para o mês de julho, na Praia de Maresias, em São Sebastião, que também receberá o Brasileiro de Surf Amador. No total, o campeonato terá quatro etapas, valendo os três melhores resultados de cada atleta. Vale ressaltar que o evento está em sua 30ª edição consecutiva, a 23ª com o patrocínio da Hang Loose, sendo o mais tradicional do País e um dos mais antigos e com o mesmo patrocinador do Mundo.

Grandes nomes da modalidade foram “formados” na competição. Seis dos brasileiros hoje no WCT se “formaram” no Hang Loose Surf Attack, incluindo os campeões mundiais Gabriel Medina e Adriano de Souza. Os dois e também Miguel Pupo, Wiggolly Dantas e Filipe Toledo também ergueram taças neste Circuito, em diversas categorias, antes de chegaram à elite mundial.

O Nossolar Construtora apresenta Hang Loose Surf Attack 2017 tem a organização da Federação Paulista de Surf, com patrocínios de Overboard Action Sports Store, Surftrip, Super Tubes e Hot Water. Copatrocínios de Rhyno Foam, CT Wax. Apoios:  Governo do Estado de São Paulo, prefeituras de Santos, Guarujá, São Sebastião e Ubatuba, Associação Santos de Surf, Associação de Surf de Guarujá, Associação de Surf de São Sebastião e Associação Ubatuba de Surf. Divulgação: Waves e FMA Notícias.

Podio Petit no Hang Loose Surf Attack em Ubatuba – Foto: Munir El Hage

RESULTADOS DA 1ª ETAPA

CATEGORIA JÚNIOR (ATÉ 18 ANOS

1 Wallace Vasco – SC

2 Alax Soares – Guarujá

3 Kauã Terra – Ubatuba

4 Leonardo Mendes – SC

CATEGORIA MIRIM (ATÉ 16 ANOS)

1 Eduardo Motta – Guarujá

2 Mateus Lima – Itanhaém

3 Pedro Bianchini – São Paulo

4 Léo Casal – SC

CATEGORIA INICIANTE (ATÉ 14 ANOS)

1 Cauã Costa – CE

2 Rodrigo Saldanha – São Sebastião

3 Léo Casal – SC

4 Caio Costa – São Sebastião

CATEGORIA ESTREANTE (ATÉ 12 ANOS)

1 Ryan Kainalo – Ubatuba

2 Roberto Alves – Santos

3 Takeshi Oyama – SC

4 Pedro Henrique – RJ

CATEGORIA PETIT (ATÉ 10 ANOS)

1 Daniel Duarte – Bertioga

2 Murillo Coura – São Sebastião

3 Ryan Coelho – PR

4 Francisco Abreu – Ubatuba

CIDADES

1 Guarujá – 5.235

2 Ubatuba – 4.969

3 São Sebastião – 4.858

4 Itanhaém – 1.915

5 Santos – 1.731

6 Praia Grande – 1.684

7 Bertioga – 1.514

8 Peruíbe – 940

Fonte: FMA Notícias

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