Há um ano, o empresário Nilcemar Ferreira, de 35 anos, resolveu trocar o Volkswagen Jetta que tinha para não perder tanto dinheiro após a reestilização do sedã. Desde então, o mineiro de Muriaé é proprietário de uma Fiat Toro Opening Edition – edição limitada da picape, disponível apenas com motor 1.8 16V flex de 139 cv e câmbio automático de seis marchas. Confira as impressões em relação à dirigibilidade, ao espaço, ao consumo e mais!
Quando você comprou? Quanto tempo demorou para receber?
Comprei em junho de 2016 e, da decisão de compra até a retirar, foram três dias, porque tinham o modelo que eu queria nos estoques de outra unidade.
Qual versão você comprou e por quê?
Comprei a Opening Edition, mas a verdadeira, que sé teve mil unidades feitas com os kits Pleasure 1 e 2, além do kit Techno. Escolhi essa versão porque fiz as contas: troco de carro a cada dois anos, em média, e não tenho um gasto de combustível que compensasse a economia do motor a diesel. A diferença era de R$ 31 mil, que divididos por 24 meses, daria um gasto de R$ 1.291 por mês, enquanto eu gasto R$ 400 de combustível. Então, o motor não era uma prioridade que justificasse o preço a mais e, em relação aos equipamentos, a minha só não veio com os bancos de couro e as luzes diurnas de led da Volcano.
Qual carro você tinha antes e quais são as principais diferenças em relação à Fiat Toro?
Tinha um Volkswagen Jetta 2014 e, sem dúvida, o que eu mais senti falta foi do acabamento. O Jetta é muito mais refinado, tanto em relação à ausência de vibrações no interior, quanto nos detalhes do painel e das portas, por exemplo. Outro detalhe é que na Volkswagen eu era atendido como um cliente de veículo premium, enquanto na Fiat não.
Você se interessou por outros modelos? O que pesou na decisão final?
Da mesma categoria não. Inicialmente, optei pela Toro por ser um carro alto e atender as demandas do meu trabalho, pois tenho uma empresa de tecnologia e, às vezes, preciso carregar equipamentos para implantação. Outro fator que pesou a favor da minha escolha foi o excelente desempenho em estradas rurais, diferentemente do Jetta.
Instalou algum acessório ou opcional?
Só instalei lâmpadas de leds da Philips no farol baixo e nas luzes de neblina, além de películas escurecidas nos vidros.
Como foi o atendimento na concessionária?
Na venda foi excelente. Tudo lindo, com direito a foto e laço de presente! Só que, na primeira revisão, entregaram meu carro sujo e só lavaram porque eu reclamei. Eles disseram que não lavaram para não demorar muito.
Quanto pagou no carro? Teve desconto ou brindes na negociação?
Paguei R$ 89 mil. Eles tinham pedido R$ 92 mil porque a procura estava grande e, no fim, fechamos em R$ 89 mil, mas sem brindes.
Quantos quilômetros já rodou?
Completou 14 mil quilômetros hoje.
Abastece com qual combustível? Qual a média de consumo?
Abasteço preferencialmente com etanol, porque a diferença de consumo para a gasolina não compensa. Minha cidade tem muitos morros e a média fica entre 5 km/l e 7 km/l. Na estrada, nunca consegui médias melhores que 10 km/l com gasolina e 9 km/l com etanol, apesar de cuidar para os giros do motor ficarem abaixo dos 3.500 rpm.
O carro apresentou algum tipo de problema?
Apresentou problemas na câmera de ré, o para-sol soltou e alguns parafusos que seguram a trava da capota marítima também. Além disso, teve muitos barulhos de vibração, porque batia o painel, a lateral do cinto do motorista e tinha um “grilo” na porta traseira esquerda. Me assustei pelo carro “desmontar” antes do 10 mil quilômetros rodados, enquanto no Jetta nem se ouvia vibração. A concessionária resolveu todos os problemas sem nenhum custo e se desculparam.
Pontos positivos
A picape é bonita e chama muito a atenção; é firme nas curvas e estável demais pelo tamanho; tem boa velocidade final, apesar da arrancada ser frouxa; excelente para estrada de chão; é confortável para viajar no banco traseiro quando comparada a outras picapes; o GPS da marca TomTom é muito bom; a manutenção é mais barata que outros modelos de categorias próximas; bom custo-benefício, apesar dos problemas.
Pontos negativos
Consumo de combustível elevado; acabamento simples e com muitos plásticos para um carro desse valor; tela da central multimídia é muito pequena; com pouco tempo, começa a aparecer vibração interna e aí, só na concessionária para resolverem; falta mais carinho na produção, típico de Fiat que é “feito nas coxas”, com detalhes bobos como parafusos mal apertados; poderia vir com as luzes diurnas de leds das versões mais caras ou, pelo menos, oferecerem como opcional.