Na segunda-feira, 10 de julho, a categoria da enfermagem da Santa Casa de Campo Grande paralisará as atividades a partir das 8h da manhã. Com faixas e cartazes, realizarão manifestação em frente ao hospital. Os trabalhadores denunciam descaso da atual administração da Santa Casa que não até o momento não manifesta para iniciar as negociações salariais”.
Negociação
Desde o dia 24 de maio o SIEMS (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) encaminhou a Minuta de Reivindicações da categoria, apesar de tentativas de respostas por meio de ofícios, até o momento o hospital não respondeu e nem acenou possibilidade de início das negociações para o reajuste salarial.
Indignação
Lázaro ressalta que a categoria realizará a manifestação com o objetivo de abrir diálogo para a solução do impasse. “A Enfermagem é uma profissão que exige devoção e amor ao próximo para poder exercê-la com maestria, porém é uma profissão, o sustento de nossas famílias e manutenção dos nossos lares e compromissos depende dela. Do mesmo modo que temos cumprido com todas as exigências da empresa sem nenhuma preguiça e com muito respeito, é o que esperamos da atual presidência do hospital, respeito”, enfatiza.
Jornada Cinderela
O sindicato denuncia que nos últimos meses, a categoria tem enfrentado diversas mudanças de “gestão” na Santa Casa, algumas dessas mudanças têm inclusive exposto pacientes e profissionais a riscos, sendo a jornada “cinderela” umas delas. O SIEMS levou o caso ao Ministério Público do Trabalho e aguarda intermediação do órgão.
O presidente do SIEMS, Lázaro Santana, aponta os perigos gerados pela nova medida do hospital. “Nesta jornada, imposta pelo hospital e que não está prevista em Convenção Coletiva da Categoria – o trabalhador realiza jornada das 18 horas a 00 horas – Por isso a administração denominou como Cinderela. Alertamos que não vivemos em um conto de fadas, os prejuízos são reais com sérios riscos a enfermagem, após a meia noite há redução de circulação de transporte coletivos, bem como, de pessoas na região central. Tal fato fragiliza a segurança destes profissionais que estão deixando a jornada. Fomos ao hospital à meia noite, e constatamos que os demais trabalhadores que continuam prestando assistência até o término do plantão ficam sobrecarregados, pois assumem integralmente os cuidados dos pacientes que estavam sob responsabilidade dos profissionais que deixaram o plantão, deste modo, ficam expostos ao risco de não prestar uma assistência livre de danos aos pacientes como prevê o código de ética profissional, motivado pelo excesso de clientes a quem tem que atender”.