O Novo Tiguan virá importado do México. O mercado nacional irá receber veículos com configurações semelhantes aos dos Estados Unidos. Terá entre-eixos com um aumento de 10,6 cm em relação a versão europeia e uma fileira opcional de bancos, com total de sete lugares. Além disso, terá a terceira geração do propulsor 2.0 TSI, o utilizado no Audi A4.
Batizado de “Geração 3B”, o motor 2.0 é o mais evoluído da família EA888, utilizada em 2009 no Passat CC. Além de injeção direta e turbocompressor, funciona no ciclo B ou Budack, com menores tempos de compressão e com maiores de expansão.
O segredo para o ciclo B se encontra no duplo comando variável de válvulas. De acordo com a carga do propulsor, pode-se alternar a abertura das válvulas de admissão: as válvulas se abrem menos quando são menos exigidas e se abrem mais quando é mais exigido, o que resulta em uma combustão mais eficiente e longa, além de uma admissão mais rápida de ar, melhorando assim mistura de ar e combustível. A Volkswagen informou que desta forma pode-se obter um melhor equilíbrio de eficiência e potência.
Na prática, tende a melhorar o consumo de combustível, porém, a potência cai um pouco, já o torque aumentou bastante, que é o recurso que de fato é sentido no uso diário. O modelo passa a entregar uma potência de 186 cv em 4.400 giros, diante dos 200 cv em 5.100 rotações do anterior 2.0 TSI. Por sua vez, o torque foi dos antigos 28,5 mkgf em 1.800 giros para 30,5 mkgf na variação de 1.600 a 3.940 rotações, isto é, torque e potência chegam mais cedo.
A montadora informou que este 2.0 TSI irá ser a opção única de motorização comercializada nos Estados Unidos, sendo combinado sempre com câmbio automático de oito velocidades. Porém, nada impede que no futuro ele ganhe opção de propulsor 1.4 TSI no mercado brasileiro. Isto porque este motor já foi exportado, produzido na cidade de São Carlos (SP) para o Golf, Golf Variant e Jetta, fabricados no México.