Parque Ecológico Águas do Guarani vira ponto de encontro de amigos e vizinhos

Foto: Victor Currales

É sempre um questionamento. O que é qualidade de vida e como conquistá-la?

Foi pensando assim que a administração do município de São Gabriel do Oeste em maio de 2005 na administração de Adão Rolim, juntamente com o governador em exercício Egon Krakhecke, entregaram aos munícipes o Parque Ecológico Águas do Guarani, localizado no bairro Amábile Maffissoni, na região central da cidade. (Matéria de nossa edição impressa N° 06 da Segunda quinzena de maio de 2005).

Antes de sua implementação, o local era um grande banhado, com minas de água e uma pequena nascente que deu nome ao parque já que o município em toda sua extensão, localiza-se sobre o Aquífero Guarani e os terrenos que o rodeavam eram utilizados como depósitos de lixo e de baixo valor imobiliário.

Hoje, a área de cerca de 100 mil m2 é ocupada por uma vegetação diversificada e por águas reavivadas. A iniciativa trouxe uma nova dinâmica para a vida dos moradores com a valorização imobiliária após a urbanização do local e entorno do parque e estimula práticas saudáveis e de lazer.

Ação transformadora

Logo pela manhã, o espaço começa a ser tomado por pessoas de todas as idades. As razões das visitas são diversas, já que o parque oferece uma série de equipamentos gratuitos, como academia ao ar livre, parquinho infantil, pista para caminhada, áreas verdes para piqueniques e contemplação e até lagos onde nadam tranquilamente gansos, patos e pequenas tartarugas.

 “O cenário era desanimador”, conta um morador do bairro que preferiu não ser identificado, de 34 anos, que sempre morou no bairro Amábile Maffissoni, próximo ao parque. Ele lembra que o espaço era destino final de tudo aquilo que era indesejável pela população. “O mau cheiro se espalhava e vivíamos com medo de animais peçonhentos”, diz o morador em seu relato.

Foto: Victor Currales

Fauna e Flora

A criação do parque beneficiou também outras espécies simpáticas que habitam a cena são-gabrielense. Hoje é possível avistar garças que pescam nos lagos do parque, além de araras, tucanos, os olhares mais atentos podem admirar a presença de passarinhos diversos como o beija-flor, o bem-te-vi, a rolinha, o sabiá, o bico de lacre, a pomba trocal e, esporadicamente, alguns mais raros.

Essa extensa representatividade de espécies se justifica pelo grande número de árvores frutíferas plantadas no espaço. E para deixar o visual do parque ainda mais atrativo, foram ornamentados com plantas e flores nativas do cerrado.

Ponto de encontro e Lazer

O Parque Ecológico Águas do Guarani, também se tornou ponto de encontro. No coração da cidade e com área verde propícia, e hoje também é o local escolhido por muitas pessoas para reunir amigos e celebrar o encontro. Os elementos são simples: uma toalha, comidinhas, a sombra de uma árvore e conversa boa. Além de agradáveis opções de lazer, os piqueniques são uma proposta diferenciada de ocupar os espaços verdes do parque.

E foi em busca do contato com a natureza e o desejo de um encontro ameno que fez com que as mães de várias crianças que fazem balé em um Projeto Social da Fundação Cultural de São Gabriel do Oeste-FUNGAB se reunissem em um piquenique com as crianças neste período de recesso das atividades.

“Nossas crianças estão de férias escolares e das atividades do balé que fazem juntas e esta foi uma maneira que encontramos para nos conhecer melhor, trocar experiências e star com as crianças neste lugar com muita natureza e ao ar livre”, contou-nos Solange Fernandes, uma das mães que é funcionária pública municipal.

Fico me perguntando agora porque eu nunca tinha feito isso antes afirmou uma das pessoas de um grupo de amigas com suas crianças que também faziam um piquenique no local.

“Eu sou de Brasília e fiquei encantada com este lugar que é um espaço enorme com muito verde e tranquilidade há muito tempo não ficava tá em paz comigo”, explicou a senhora Tânia França que visitava umas amigas na cidade.

Nossa reportagem também encontrou um grupo de jovens estudantes, que moram na cidade e que frequentam sempre o parque e o tem como um ponto de encontro entre eles para tomarem um tereré com os amigos e ouvirem músicas tocadas no violão por dois jovens do grupo.

“Aqui a gente acaba ficando mais próximo dos amigos e dos vizinhos, todo mundo se encontra, se cumprimenta, conversa”, disse um dos jovens a nossa reportagem.

Estrutura

Além da pista interna do parque que costuma ficar lotado pelas manhãs e finais de tarde, a área externa do parque também pode ser usada para caminhada e corrida.

Ouvimos também dos frequentadores do parque algumas reivindicações com relação a estrutura do local que segundo eles deixaria o local bem mais aparelhado e contemplaria melhor a população que ali frequentam.

– Mais brinquedos para crianças de menor idade já que o parque possui somente uma estão para esse fim e a academia é para adultos.

– Bancos em forma de nichos nos vários locais com sombra no parque.

– Pista de Skate ou quadras esportivas.

– Varrição das folhas secas do gramado na parte interna do parque.

– Limpeza esporádica dos lagos.

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