Cada vez mais os brasileiros estão em busca de novas tecnologias e conectividade para os seus carros. Segundo a GFK, empresa de pesquisa de mercado, a preferência nacional é por dispositivos que trazem segurança.
A pesquisa Carros Conectados teve uma amostra de 5.800 pessoas no Brasil, Alemanha, China, Rússia, Reino Unido e nos Estados Unidos e percebeu que em todos os países, especialmente os brasileiros, as pessoas querem se sentir seguras ao dirigir um carro. No geral, 46% dos entrevistados têm medo de ter o veículo roubado e 42% de se envolver em acidente. Por tal motivo, os dispositivos de proteção são os mais procurados.
“Percebemos que a segurança é o item mais acentuado no Brasil. Já temos um cenário de insegurança e existe uma preocupação com o medo de ser roubado. Por isso, aqui o apelo é maior”, afirmou Meire Waki diretora da GFK para o setor automotivo. Waki explicou que tanto a segurança contra roubos como contra acidentes fazem parte da preocupação das pessoas.
De todos os dispositivos testados, o Life Manager, quando o carro se comunica com outros aparelhos, foi o que teve maior aceitação no Brasil. O motorista consegue acender a luz, ligar o ar-condicionado, destravar o portão, antes mesmo de chegar em casa.
Itens de dirigibilidade segura como piloto automático, câmeras integradas, sensores de estacionamento, avisos de acidentes e localizador de vagas foram os mais aceitos, com 87% de aprovação dos motoristas do mundo todo. Alguns fazem mais sucesso entre os brasileiros, por exemplo, 57% aprovaram o limitador de velocidade.
O assistente de estacionamento também é um dos mais pedidos pelos motoristas com 67% de aprovação. No geral, 61% querem visualização no para brisa mostrando mapas e 63% direção automática caso o carro esteja perto de bater em algum objeto.
Não são todas as tecnologias que foram bem aceitas. Por mais que o conceito gere bastante entusiasmo, o carro autônomo ainda enfrenta preconceitos. A ausência de motorista provoca um certo desconforto entre as pessoas. “O carro autônomo não tem uma aderência muito alta porque ele traz incerteza. A questão da ansiedade e da falta de controle gera uma grande barreira e os sentimentos negativos são maiores”, disse Waki.