Automobilismo Virtual: Eraldo Silva e Welington Gandin levam a vitória na F-Vee eRace e ganham drive day

Com duas belas corridas e muitas disputas, a F-Vee eRace foi acelerou na noite de ontem (28), no circuito virtual de Interlagos. Inspirados pela bela história dos irmãos Fittipaldi nas pistas, os pilotos virtuais fizeram bonito no traçado paulista e protagonizaram duas corridas de tirar o fôlego, com a decisão do vencedor apenas nos minutos finais. Confira abaixo o resumo das duas provas.

Eraldo Silva lidera dobradinha da Logitech Racing Team

A disputa da sessão classificatória do Grid 1 começou com uma rivalidade caseira. Os dois pilotos da Logitech Racing Team, Eraldo Silva e Tadeu Costa duelaram durante toda a sessão pela pole position. Tadeu Costa começou cravando o melhor tempo, com 1min59seg581, seguido por seu companheiro de equipe.

Na segunda volta rápida, Eraldo Silva deu o troco e marcou 1min59seg240, enquanto Tadeu Costa marcou 1min59seg383. Na última volta lançada, Tadeu Costa marca o tempo de 1min59seg320, mas não consegue ultrapassar Eraldo Silva. Rodrigo Luiz da Factory Assault Team faz boas parciais, ameaça roubar a pole position, mas erra no fim e fica com a terceira posição.

Resultado da sessão classificatória (Grid 1):

1) #13 – Eraldo Silva (Logitech Racing Team) – 1:59.240

2) #32 – Tadeu Costa (Logitech Racing Team) 1:59.323 +0.083

3) #489 – Rodrigo Luiz (Factory Assault Team) 1:59.724 +0.483

4) #11 – Rafael Rubio (Independente) 1:59.749 +0.508

5) #9 – Rodrigo Zanga (Paraguay Racing AV) 1:59.895 +0.655

6) #288 – Elizeu Filho (Independente) 1:59.906 +0.666

7) #190 – Marcelo Canoff (JBM Racing) 1:59.976 +0.736

8) #333 – Gilberto Barreta (Independente) 2:00.252 +1.012

9) #11A – Gabriel Bianchi (Independente) 2:00.263 +1.023

10) #8 – Angelo dos Santos (ADS Motorsports) 2:00.351 +1.111

11) #88 – Jarbas Munhoz (Clube do Volante) 2:00.638 +1.397

12) #3 – Carlos Guapo (Independente) 2:01.738 +2.498

13) #89 – André Brügger (Titanium Racing) 2:01.894 +2.654

14) #21 – Tauan Mello Rolim (Independente) 2:02.168 +2.927

15) #47 – Jeff Foitte (Team CTR) 2:03.036 +3.796

16) #24 – Rodrigo Yoshihara (Hattrick Racing) 2:13.420 +14.180

17) #16 – Herá Moraes (Independente). Sem tempo

Na largada, Eraldo Silva não traciona bem e logo é superado por Tadeu Costa. Antes da segunda perna do S do Senna ser completada, o primeiro incidente acontece, com Rodrigo Luiz perdendo o controle do carro e caindo para o meio do grid. Na segunda volta, o piloto da Factory Assault Team ultrapassa Angelo dos Santos, mas o êxtase da ultrapassagem dura poucos segundos. Isso porque na freada do Bico de Pato, Gabriel Bianchi perde o controle de seu carro e acaba sendo atingido por Luiz, que vê dos Santos passar ileso e recuperar a posição.

Só que a alegria de dos Santos também não perdura por muito tempo. Na subida da Junção, piloto roda sozinho e vai para a grama, devolvendo a posição, agora de forma definitiva, para Rodrigo Luiz. Na liderança Eraldo Silva encosta em Tadeu Costa e dá sinais que começaria a atacar o seu companheiro de equipe. Mas tudo não passa de uma mera expectativa, com Eraldo dosando o acelerador nas retas, deixando claro que os pilotos da Logitech Racing Team iriam trabalhar para abrir diferença para o resto do pelotão, pelo menos nessa parte inicial da prova.

Na quinta volta da prova, Herá Moraes parte para o ataque em cima de Gilberto Barreta na freada do Laranjinha e consegue realizar por fora do traçado uma bela ultrapassagem. A briga no resto do pelotão continua com Jarbas Munhoz perdendo a posição para Carlos Guapo. O troco viria na freada do S do Senna, com Jarbas Munhoz reconquistando a colocação.

Na nona volta, Rodrigo Luiz recebe um drive-thru por ter se envolvido em um incidente com Marcelo Canoff. O piloto retorna aos boxes na volta seguinte, para cumprir a sua parada obrigatória. Na mesma volta a briga pela terceira posição pega fogo, quando Rafael Rubio e Rodrigo Zanga se estranham na saída do Laranjinha. Quem leva a pior é Rubio, que roda e cai para a oitava colocação.

Na penúltima volta da corrida, o líder Tadeu Costa vai para os boxes e cumpre a sua parada obrigatória. No giro seguinte, é a vez de Eraldo Silva entrar aos boxes, fazer um trabalho melhor nos boxes e voltar com 1 segundo de diferença para Costa. Tadeu pressiona forte Eraldo em busca da vitória, mas não há mais tempo para nada e Eraldo Silva sustenta a posição e é o primeiro a ver a bandeira quadriculada. Além do do primeiro lugar, ele leva para casa um drive day em Interlagos e R$ 100,00 de prêmio. Com o segundo lugar, Tadeu Costa recebe R$ 75,00 e Herá Moraes, o terceiro colocado, R$ 50,00.

Resultado da corrida (Grid 1):

1) #13 – Eraldo Silva (Logitech Racing Team)

2) #32 – Tadeu Costa (Logitech Racing Team)

3) #16 – Herá Moraes (Independente)

4) #190 – Marcelo Canoff (JBM Racing)

5) #489 – Rodrigo Luiz (Factory Assault Team)

6) #288 – Elizeu Filho (Independente)

7) #333 – Gilberto Barreta (Independente)

8) #8 – Angelo dos Santos (ADS Motorsports)

9) #88 – Jarbas Munhoz (Clube do Volante)

10) #3 – Carlos Guapo (Independente)

11) #9 – Rodrigo Zanga (Paraguay Racing AV)

12) #89 – André Brügger (Titanium Racing)

13) #47 – Jeff Foitte (Team CTR)

14) #21 – Tauan Mello Rolim (Independente)

15) #11 – Rafael Rubio (Independente)

16) #11A – Gabriel Bianchi (Independente)

17) #24 – Rodrigo Yoshihara (Hattrick Racing)

Confira o que disseram os pilotos após a corrida:

Eraldo Silva – “Eu não estou acreditando. Consegui acompanhar o ritmo do Tadeu, deu tudo certo e conseguimos fazer uma corrida muito consistente. Acho que a gente soube aproveitar a largada. Eu só tenho a agradecer o Tadeu. Ele construiu o setup. Começamos a treinar um pouco mais forte e eu estava realmente sem a mão do carro. Nos últimos dias tivemos algumas ideias malucas em termos de acerto e acho que acabou dando certo. É muito mais mérito dele de ter feito um setup como este, porque fica fácil você sentar no carro e pegar a manha depois. O F-Vee é muito traiçoeiro, então você tem que ficar ligado em cada curva. Comentamos antes do início que em uma situação dessa, o pit-stop iria acabar decidindo a corrida, ou para mim, ou para ele. Dei sorte de conseguir parar corretamente. A diferença do pit foi exatamente a diferença que chegamos em pista”.

Tadeu Costa – “Que corrida gostosa. Não consegui uma volta de qualy muito boa, em relação as voltas de treino que a gente vinha fazendo. Consegui largar bem, mas nesse carro qualquer detalhe faz a diferença e para tirar o cara que está atrás do vácuo é praticamente impossível. Se o adversário não cometer um erro, não dá para afastar. A gente estava no começo em um ritmo bom, estávamos abrindo do terceiro colocado e decidimos em comum acordo um não atrapalhar o outro, para decidir na parada de boxes. Acho que por estar andando de cara pro vento meu carro gastou um pouco mais de combustível, então coloquei 2 litros na parada. E foi essa a diferença no fim da corrida. Eu estou muito feliz pelo ritmo que conseguimos andar. O pessoal fala que a gente só sabe andar de Stock Car, então o resultado está aí”.

Herá Moraes – “Foi muito divertido, nunca tinha feito uma corrida online assim. Sempre brinquei, mas nunca corri para valer, achei bem bacana. Fiquei sem classificação e larguei em último, vim com cuidado para não tocar em ninguém. É o que o Tadeu falou, o pessoal vem no vácuo e mesmo estando um pouco mais lento, eles colam. Fui passando devagarzinho e chegando. Na parada do pit consegui fazer rápido e ir para terceiro. Foi divertido, uma experiência legal. Eu mesmo fiz o meu setup, não tinha experiência com o carro e fui tentando achar o que era melhor para mim, no meu estilo de pilotagem. Deu certo e estou feliz”.

Welington Gandin segura pressão de companheiro de equipe para vencer corrida 2

Assim como na primeira classificação da noite, mais uma dupla começou dominando a sessão classificatória. Dessa vez a primeira fila foi fechada pelos pilotos da Insanox Sport Race, Welington Gandin e Alvaro Moisés. Com o tempo de 1min58seg877, Gandin garantiu o melhor tempo da noite, seguido por Moisés a menos de 74 milésimos. O terceiro lugar ficou com Heitor Facuri Cicoti, com 1min58seg976.

Resultado da sessão classificatória (Grid 2):

1) #290 – Welington Gandin (Insanox Sports Race) – 1:58.877

2) #198 – Alvaro Moisés (Insanox Sports Race) 1:58.951 +0.074

3) #10 – Heitor Facuri Cicoti (Independente) 1:58.976 +0.099

4) #15 – Caio Sofiato (Insanox Sports Race) 1:59.017 +0.140

5) #105 – Fellipe Porto (Clube do Volante) 1:59.262 +0.386

6) #2 – Rodrigo Suardi (Independente) 1:59.622 +0.745

7) #190 – Diogo Miranda (Independente) 1:59.845 +0.969

8) #6 – Rodrigo Abras (Independente) 2:00.278 +1.401

9) #83 – Joao Felipe (Project D) 2:00.840 +1.963

10) #288 – Paulo Beraldi (Independente) 2:00.932 +2.055

11) #95 – Jhonata Mendes Alves (Project D) 2:02.168 +3.291

12) #22 – Rafa Pedrozo (Independente) 2:02.196 +3.319

13) #99A – Eric Trinca (Clube do Volante) 2:02.426 +3.549

14) #16A – Herbert Xavier Menezes (Independente) 2:03.516 +4.640

15) #4 – Vinicius Vagner de Oliveira Silva (Independente) 2:04.807 +5.931

16) #99 – Daniel Miranda (Independente) 2:04.990 +6.114

17) #84 – Alex Couri (Independente) 2:05.901 +7.024

18) #101 – Hugo Borges Ferreira (Independente) 2:06.759 +7.882

19) #56 – Emerson Czerkawsky (Paraguay Racing AV). Sem tempo

Logo na largada, Welington Gandin faz o dever de casa e larga bem, não permitindo que Moisés o ataque nos primeiros metros. Heitor Facuri Cicoti parte para cima de Moisés, mas não consegue concretizar a ultrapassagem. Caio Sofiato sofre forte pressão de Rodrigo Suardi, mas consegue sustentar a posição.

Na segunda volta Caio Sofiato parte para cima de Facuri Cicoti, ultrapassa na saída do S do Senna e assume a terceira colocação. No Laranjinha, Cicoti tenta dar o troco, mas toca roda com o piloto da Insanox, perde a linha ideal do traçado e cai para sexto. Com Facuri entregando a posição de bandeja, Fellipe Porto e Rodrigo Suardi disputam a quarta colocação, com Suardi conseguindo a ultrapassagem. Ainda na mesma volta, Fellipe Porto dá o troco e reultrapassa Suardi, voltando à quarta colocação.

A briga ferrenha por posição agora passa a ser na quinta e sexta colocação, entre Diogo Miranda e Facuri Cicoti. Assim como seus adversários, Heitor consegue ultrapassar Miranda e subir para a quinta colocação, mas Miranda não deixa barato e logo recupera a posição. Vendo que estava perdendo tempo com a disputa, Miranda antecipa a sua parada obrigatória e vai aos boxes, em uma tentativa de andar com pista limpa.

Na oitava posição Eric Trinca sofre forte pressão de Emerson Czerkawsky, que consegue concretizar a ultrapassagem no Laranjinha. Enquanto isso, Fellipe Porto encosta no terceiro colocado Caio Sofiato e os dois se tocam na saída do Laranjinha. Metros mais tarde, Sofiato cometeria um erro na Junção, caindo para a sexta posição.

No décimo terceiro giro, Fellipe Porto vai aos boxes para a sua parada obrigatória. Na volta seguinte é a vez de Rodrigo Suardi. O piloto do carro predominantemente branco consegue fazer um trabalho melhor nos boxes e ganhar a posição de Porto. No fim da volta, o líder Welington Gandin entra nos boxes.

Na décima nona volta o líder Alvaro Moisés se estranha com Herbert Xavier Menezes, que estava recebendo bandeira azul. O enrosco entre os dois pilotos custa caro ao piloto da Insanox, que perde segundos valiosos. Na mesma volta Fellipe Porto consegue reconquistar a posição em cima de Suardi.

Na penúltima volta da corrida, Alvaro Moisés faz a sua parada obrigatória, mas excede o limite de velocidade dos boxes e recebe um drive-thru, jogando fora as suas chances de vitória. Com Moisés fora da jogada, Gandin pode enfim respirar e apenas trazer o carro até a bandeirada final, para vencer a corrida e ganhar R$ 100,00 + um drive day em Interlagos. Heitor Facuri Cicoti foi o segundo colocado, recebendo R$ 75,00, com Fellipe Porto em terceiro e recebendo R$ 50,00.

Resultado da corrida (Grid 2):

1) #290 – Welington Gandin (Insanox Sports Race)

2) #10 – Heitor Facuri Cicoti (Independente)

3) #105 – Fellipe Porto (Clube do Volante)

4) #2 – Rodrigo Suardi (Independente)

5) #190 – Diogo Miranda (Independente)

6) #198 – Alvaro Moises (Insanox Sports Race)

7) #15 – Caio Sofiato (Insanox Sports Race)

8) #83 – Joao Felipe (Project D)

9) #6 – Rodrigo Abras (Independente)

10) #56 – Emerson Czerkawsky (Paraguay Racing AV)

11) #99A – Eric Trinca (Clube do Volante)

12) #95 – Jhonata Mendes Alves (Project D)

13) #22 – Rafa Pedrozo (Independente)

14) #99 – Daniel Miranda (Independente)

15) #84 – Alex Couri (Independente)

16) #16A – Herbert Xavier Menezes (Independente)

17) #101 – Hugo Borges Ferreira (Independente)

18) #288 – Paulo Beraldi (Independente)

19) #4 – Vinicius Vagner de Oliveira Silva (Independente)

Confira o que disseram os pilotos após a corrida:

Welington Gandin – “É o sonho de todo mundo aqui fazer um drive day em Interlagos. É o templo do automobilismo brasileiro e quando eu estiver lá, estarei realizando um sonho. A corrida foi tensa, eu e o Alvaro estávamos trocando milésimos por volta. A diferença foi na minha concentração, ele cometeu alguns erros. Estou feliz por conquistar a vitória por essa equipe que eu comando. Sou muito feliz pelos companheiros e amigos que tenho aqui na Insanox.”

Heitor Facuri Cicoti – “Essa prova foi muito legal. Na primeira volta o Álvaro freou um pouco antes, ou talvez era a nossa diferença de freada, e acabei tendo que passar reto para desviar dele. Isso permitiu que quem vinha atrás me passasse. Comecei a perder muito tempo com as brigas, mas elas foram muito boas. O pessoal da frente estava andando muito bem, não estava dando para chegar.”

Fellipe Porto – “Desde a largada eu e o Suardi ficamos brigando. Foi excelente para brincar, porque foi o tempo inteiro lado a lado, mas a gente perdeu muito tempo. Dava para ter chegado mais à frente. É muito legal essa parceria do automobilismo virtual com o real, espero que cada vez mais essas iniciativas continuem.”

O VT da corrida está disponível no canal oficial da Fórmula Vee Brazil.

Sobre a Fórmula Vee:

A Fórmula Vee é a maior categoria monoposto do mundo e a de menor custo do automobilismo brasileiro. Possui campeonatos em mais de 14 países e é a categoria de entrada do automobilismo, depois do kart. Pilotos como Emerson Fittipaldi, José Carlos Pace (Moco), Nelson Piquet e Niki Lauda já passaram pela categoria.

A Fórmula Vee foi introduzida no Brasil em 1964, pelo ex-piloto e criador da Equipe Copersucar de F1 Wilson Fittipaldi Júnior, que construiu 52 carros ao longo dos primeiros anos da categoria. A 1ª corrida foi realizada em 1967, estando no grid o próprio Wilsinho e o irmão Emerson, Bi Campeão mundial de F1.

Depois de um hiato de 30 anos, a categoria foi re-criada pelo engenheiro Roberto Zullino, que em 2011 lançou um novo carro e produziu até o momento mais de 65 unidades. Os carros desenvolvidos durantes os 2 períodos mantiveram o ponto forte da categoria que é manter o custo baixo, para iniciantes no automobilismo ou para aqueles que querem ter um hobby. Os carros criados no Brasil possuem confiabilidade e desempenho, a exemplo dos antigos Fórmulas Vee, criados pelos irmãos Fittipaldi.